Liesa nega recurso contra comissão de frente da Viradouro após pedido de escolas

A Liga Independente das Escolas de Samba (LIESA) negou nesta quarta-feira (14/2),  o recurso apresentado por cinco agremiações do grupo especial que questionava o número de integrantes da comissão de frente da Viradouro, escola campeã do Carnaval do Rio este ano. 

Mesmo se o recurso tivesse sido aceito pela organização, a Viradouro continuaria sendo a vencedora, já que a punição prevista pelo excesso de componentes na comissão de frente é de 0,5 pontos e a escola ficou 0,7 pontos na frente da Imperatriz, a segunda colocada. 
 

Entenda o caso

A Imperatriz Leopoldinense, Grande Rio, Mocidade e a Beija-Flor, escolas fortes candidatas à vitória, entraram com um recurso questionando sobre a conformidade da Viradouro, escola campeã,  com as regulamentações estabelecidas pela LIESA. 
 

Conforme o regulamento estrito da LIESA, cada escola de samba não pode exibir mais de 15 componentes em sua comissão de frente. Embora tenham permissão para ter um número superior a esse limite, os membros excedentes devem alternar-se, garantindo que apenas 15 estejam visíveis em um dado momento. As escolas também podem ter membros visíveis extras, mas só em caso de aprovação da LIESA e se solicitado com antecedência.

Qualquer desvio desse padrão é considerado uma infração e o regulamento prevê uma penalidade à escola antes mesmo da abertura dos envelopes com as notas dos jurados na apuração. Neste critério, a penalidade é de 0,5 pontos. 
 

Algo parecido com o atual impasse ocorreu em 2017, quando a Portela foi declarada campeã do Carnaval em uma emocionante disputa por décimos com a Mocidade Independente. No entanto, um equívoco de um dos jurados na hora de dar as notas acabou mostrando que, na verdade, a escola de Padre Miguel havia terminado na frente. Na época, a LIESA decidiu dividir o título entre as duas agremiações. 

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Leo Dias

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