Sabrina Petraglia leva filme brasileiro para ser exibido pela primeira vez nos Emirados Árabes

Na noite da última sexta-feira, 30 de maio, o Cinema Akil, na efervescente Alserkal Avenue, em Dubai, recebeu lotação máxima para uma sessão especial do longa-metragem “Ainda Estou Aqui”, que entrou para a história como o primeiro filme brasileiro oficialmente exibido nos cinemas dos Emirados Árabes Unidos.

O evento foi um verdadeiro símbolo da expansão da cultura brasileira para novos territórios. E essa conquista tem um nome: Sabrina Petraglia, que mora em Dubai desde 2022. Atriz e produtora, Sabrina foi a idealizadora da iniciativa e a responsável por plantar a semente da ideia após perceber, em uma sessão privada do curta “Mar de Mães”, que nenhum filme brasileiro havia sido lançado oficialmente nos cinemas da região.

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Determinada a mudar essa realidade, Sabrina iniciou o contato com a distribuidora e com a Sony, mobilizou apoios e insistiu para que o cinema local apostasse no conteúdo brasileiro. O esforço deu resultado: o Cinema Akil comprou os direitos do filme e assumiu sua estreia, reconhecendo que a movimentação inicial e o empurrão decisivo vieram da artista brasileira.

Em um discurso emocionante — e em inglês — durante a abertura, Sabrina celebrou a realização de um sonho: ver o cinema e a arte brasileira ganharem espaço em uma vitrine internacional como Dubai. “Essa é só a primeira página de uma longa história que queremos construir entre a cultura brasileira e os Emirados Árabes”, afirmou, sob aplausos.

O evento também contou com a presença do embaixador do Brasil nos Emirados, Sidney Leon Romeiro, que ressaltou o valor da iniciativa. Segundo ele, o esforço da Sabrina foi essencial para que a cultura brasileira rompesse mais essa fronteira. E mais, que o olhar sensível e determinado da atriz fez toda a diferença para que essa noite fosse possível.

Um dos pontos altos da noite foi a exibição de um vídeo enviado pela atriz Fernanda Torres, que emocionou o público ao celebrar o momento histórico e destacar a força simbólica de “Ainda Estou Aqui” na trajetória do cinema nacional. Mais do que uma sessão de cinema , o evento representou um novo capítulo na difusão da cultura brasileira no Oriente Médio, liderado por uma mulher que acredita no poder da arte como ponte entre mundos.