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Suspense com identidade brasileira, “Atena” estreia com força nos cinemas

Dirigido por Caco Souza, filme une dor, empatia e justiça

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          O suspense psicológico “Atena”, dirigido por Caco Souza e roteirizado por Enrico Peccin, chega a 150 salas de cinema no Brasil, apostando em um gênero popular no cinema hollywoodiano, mas com uma identidade visceralmente brasileira. Protagonizado por Mel Lisboa e Thiago Fragoso, o longa narra a história de uma mulher que transforma traumas de abuso na infância em ação direta contra a violência de gênero. Em entrevista ao portal LeoDias, o diretor dá mais detalhes do ótimo longa nacional.

          “A primeira coisa é entender que o medo, a tensão, a urgência — tudo isso já tá no nosso cotidiano. No Brasil, o suspense não precisa de efeito especial, ele tá no olhar da mulher que volta pra casa à noite, olhando por cima do ombro”, explica Caco. “’Atena’ flerta com a linguagem do thriller, sim, mas o que dá a cara brasileira é o que ela carrega no peito: A raiva contida, o trauma, e a coragem de transformar dor em ação.”.

          Veja as fotos

          Reprodução
          "Atena" - Com Mel Lisboa e Thiago FragosoReprodução
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          "Atena" - Com Mel Lisboa e Thiago FragosoReprodução
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          "Atena" - Com Mel Lisboa e Thiago FragosoReprodução
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          "Atena" - Com Mel Lisboa e Thiago FragosoReprodução
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          "Atena" - Com Mel Lisboa e Thiago FragosoReprodução
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          "Atena" - Com Mel Lisboa e Thiago FragosoReprodução

          No filme, a protagonista se une a outra sobrevivente de violência para formar um grupo que atua como um tribunal clandestino, julgando agressores que escapam da justiça oficial. A história ganha ainda mais força quando Carlos, um jornalista investigativo vivido por Thiago Fragoso, passa a acompanhar as ações do grupo, e ajuda Atena em uma jornada que mistura vingança e confronto com seu passado.

          A escolha de Mel Lisboa e Thiago Fragoso para os papéis principais foi estratégica. “A Mel, como Atena, traz no olhar uma coisa difícil de explicar — uma intensidade que carrega dor e, ao mesmo tempo, uma chama de vingança”, conta o diretor. Já sobre Fragoso, ele comenta: “Ele não interpreta, ele escuta a cena, ele reage com o corpo inteiro. O personagem dele precisava dessa humanidade pra não virar uma caricatura, e o Thiago trouxe isso com generosidade.”.

          Com um orçamento enxuto, “Atena” foi viabilizado com o apoio de investidores privados, empresas locais e da Prefeitura de Gramado, onde parte da trama foi filmada. “Foi no braço, mas foi com estrutura, e principalmente com paixão. Conciliar cronograma, equipe, clima, logística de locação… Tudo isso exige muito jogo de cintura, mas fizemos acontecer”, relata Caco.

          Ver uma produção independente ocupar espaço nas salas de cinema ao lado de blockbusters é, segundo o diretor, motivo de orgulho. “Ver ‘Atena’ chegar às telas com essa força, com esse tema urgente, é mais do que uma vitória, é uma sensação de dever cumprido”, afirma. “A gente fez um filme sincero, que não passa batido.”.

          A cena que mais marcou Caco Souza durante as gravações envolve o pai da protagonista, vivido por Gilberto Gawronski. “É a nova família dele sentada à mesa, e o que acontece ali é quase banal — mas o silêncio, a rigidez do gesto, o olhar que evita, tudo aquilo revela um poder patriarcal velado, sufocante. É perturbador justamente porque a ameaça não é explícita, mas está latente.”.

          O diretor, que também comandou “O Faixa Preta”, vê “Atena” como um passo importante em sua trajetória. “O ‘Faixa Preta’ foi uma entrega muito especial pra mim. Já ‘Atena’ tem essa pegada da guerreira também — de outra forma, claro, mas com a mesma intensidade. É uma mulher que carrega cicatrizes profundas e, mesmo assim, encontra um jeito de seguir.”.

          E os próximos passos já estão desenhados. Caco se prepara para filmar “Corações Náufragos”, drama histórico sobre o torpedeamento de navios brasileiros na Segunda Guerra, e finaliza o documentário “Argonalto”, sobre o guerrilheiro sergipano Argonalto Pacheco, preso na ditadura militar. “Sigo contando histórias que me atravessam. Histórias reais, mas que dizem muito sobre o presente também.”.

          Para o diretor, “Atena” pode ser resumido em uma frase: “É um grito que rompe o silêncio imposto pelo medo.”.

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