Ayrton Senna e Seleção trocaram promessas antes do tetra em 1994, revela ex-jogador
O piloto e a equipe de futebol se encontraram no final de abril, dias antes da morte do automobilista

A ligação entre Ayrton Senna e o título mundial da Seleção Brasileira em 1994 já é conhecida há mais de 30 anos. Desta vez, a sintonia entre dois grandes símbolos do esporte nacional ganhou novos capítulos graças a Ricardo Rocha. O ex-jogador revelou uma promessa entre a equipe e o automobilista.
O zagueiro do tetra foi atração do evento de uma agência de turismo para divulgar pacotes para brasileiros interessados em acompanhar a Copa do Mundo de 2026, a ser disputada nos Estados Unidos, México e Canadá. No local, o ex-atleta relembrou algumas histórias da equipe em terras norte-americanas na década de 90 — em especial, o encontro com o piloto que antecedeu a disputa.
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Àquela altura, a Seleção e o atleta da Fórmula 1 eram tricampeões do mundo. Porém, viviam momentos distintos: enquanto o piloto estava no auge, a equipe de futebol vivia um momento de desconfiança após quase ficar de fora da competição. Até que, em abril daquele ano, ambos se encontraram, em Paris, na França.
“Naquele dia, nós prometemos que conquistaríamos o tetra e ele se comprometeu a também se tornar campeão pela quarta vez na Fórmula 1”, relembrou Ricardo Rocha. “Infelizmente, dez dias depois de nosso encontro, Senna faleceu, mas nós cumprimos a promessa que tínhamos feito a ele.”
O piloto morreu em 1º de maio no GP de San Marino, em Ímola, na Itália, aos 34 anos. A Copa do Mundo de 1994 começou em 17 de junho, e terminou com a Seleção Brasileira levantando seu quarto título. Após a final, jogadores brasileiros homenagearam o automobilista: “Senna, aceleramos juntos: o tetra é nosso”, dizia a faixa carregada pela equipe.
O encontro de Senna com a Seleção em Paris
Em 20 de abril de 1994, o Brasil enfrentou um combinado PSG-Bordeaux, com reforço de Roberto de Assis Moreira, o Assis, irmão de Ronaldinho Gaúcho. O palco foi o Parque dos Príncipes, em Paris, na França. Apesar do 0 a 0, a partida ganhou um caráter histórico: o último aplauso a Ayrton Senna, ainda em vida.

Reprodução/FIFA World Cup
O piloto brasileiro foi convidado para dar o pontapé inicial da partida. A princípio, ele não queria ir por temer a reação da arquibancada francesa, conterrâneos de Alan Prost, seu grande rival na carreira. A insistência de Galvão Bueno pesou, e ele aceitou. A reação do público também surpreendeu: Senna foi aplaudido pelos torcedores.
Antes do jogo, ele falou com a comissão técnica e com os jogadores. “Vocês aceleram de lá, e eu acelero daqui”, disse o piloto brasileiro, com a frase que se tornou símbolo da conquista brasileira meses depois. Senna morreu menos de duas semanas após a partida.
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