CEO do Al-Hilal revela que recusou contratar Cristiano Ronaldo para o Mundial
Esteve Calzada citou rivalidade com o Al-Nassr, foco no longo prazo e limites financeiros do clube

O diretor executivo do Al-Hilal, Esteve Calzada, revelou que o clube saudita descartou a possibilidade de contratar Cristiano Ronaldo exclusivamente para a disputa do Mundial de Clubes da FIFA. Em entrevista concedida nesta terça-feira (17/6) à BBC Sport, o dirigente afirmou que decisões de mercado não devem ser baseadas em um torneio de curta duração, mesmo quando envolvem um jogador do porte do astro português.
“Não se devia tomar uma decisão a pensar apenas neste torneio. Uma decisão que teria de ser tomada a pensar nos próximos dois ou três anos”, explicou.
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“Por muito que respeite Ronaldo como um grande jogador, como todos reconhecemos, é certamente contraproducente trazer o jogador mais importante do nosso maior adversário para jogar connosco. Especialmente se forem apenas três ou quatro semanas”, completou.
A possibilidade de contar com Cristiano Ronaldo para reforçar o elenco do Al-Hilal no Mundial chegou a ser ventilada por jornais sauditas, mas, segundo Calzada, a diretoria adotou outro critério. O executivo também relatou que o clube tentou se reforçar para a competição, mas enfrentou barreiras logísticas e financeiras.
“Tentámos ver se era possível reforçar a equipa. Mas alguns jogadores já estavam de férias, outros estavam simplesmente a pedir demasiado dinheiro e nós sabemos que a nossa equipa é extremamente competitiva. Estamos a tentar contratar os jogadores mais importantes. Somos muito ambiciosos, mas temos de ver a vontade dos próprios jogadores e a transação tem de funcionar nos dois sentidos”, disse.
O CEO ainda reforçou que, apesar do investimento pesado na equipe nas últimas temporadas, o Al-Hilal segue atento à sustentabilidade financeira: “A única coisa que tentámos lembrar aos jogadores e agentes é que somos sauditas, mas não imprimimos notas aqui! O meu papel como diretor-geral é garantir que o clube é gerido de forma eficiente, para que tenhamos o maior orçamento possível para contratar grandes jogadores, mas não a qualquer custo.”
A entrevista também abordou a troca no comando técnico do time, com a saída de Jorge Jesus e a chegada de Simone Inzaghi. Calzada relatou que a negociação com o novo treinador já estava encaminhada antes mesmo do fim da temporada.
“Pode parecer algo repentino, mas é o resultado de um trabalho árduo. Ele estava a jogar um jogo muito importante e pediu-nos para deixarmos tudo de lado até depois da final. Já estava tudo decidido, mas não foi assinado antes da final, apenas porque, por respeito, nos pediu para esperar, o que é certamente justo”, pontuou.
O dirigente encerrou afirmando que a missão de Inzaghi será recolocar o Al-Hilal no topo do futebol saudita: “Ficamos em segundo lugar esta época, o que está abaixo das expectativas. E, muito simplesmente, o que esperamos do novo treinador é que nos ajude a voltar a ganhar e a recuperar o campeonato.”
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