Falcão critica ausência de ídolos e jogadas plásticas no futsal brasileiro: “Escassos”
Maior jogador da história do esporte diz que modalidade perdeu referência nas quadras, caiu na mesmice e já não atrai o público como antes

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Falcão critica a falta de ídolos e de jogadas bonitas no futsal atual, mesmo com o Brasil sendo campeão mundial. Para ele, a ausência de jogadores de destaque prejudica a popularização do esporte, levando o público a migrar para alternativas como a Kings League. Apesar de considerar a geração atual mais nivelada tecnicamente, Falcão sente falta do brilho individual que marcava épocas anteriores. Sua presença em um evento lotado em Minas Gerais comprova que a força dos ídolos ainda é grande.
Ícone do futsal mundial, Falcão voltou a criticar os rumos do esporte no Brasil. Durante evento realizado em Juiz de Fora, no interior de Minas Gerais, o ex-jogador lamentou a falta de ídolos e a ausência de jogadas plásticas que marcaram gerações anteriores. Segundo ele, o futsal nacional vive um período de pouca renovação técnica e de apelo popular reduzido, mesmo com conquistas recentes em quadra.
“O esporte precisa resgatar novos ídolos, tem que retomar o jogo bonito. O Brasil foi campeão mundial no ano passado, ganhou da Argentina por 3 a 1, mas se eu perguntar o nome de três jogadores, você não vai saber. Os jogadores ganham, mas não marcam”, constatou.
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Falta de referência afasta o grande público
Para Falcão, o problema não está nos resultados, mas na falta de figuras que gerem engajamento. Ele relembrou ídolos de outras modalidades, como o vôlei e o futebol de areia, para exemplificar como a presença de grandes nomes impactava a atenção do público. Hoje, segundo ele, a ausência de referências impede que o futsal ocupe o espaço que já teve na mídia e entre os torcedores ocasionais.
“A gente está em um país em que o futebol vem em primeiro lugar e depois vêm todos os outros esportes. E esses todos os outros dependem de ídolos. Eu vim de uma geração em que, quando falávamos do futebol de areia, falávamos de Júnior Negão, Benjamin, Neném, Jorginho. No vôlei você tinha Marcelo Negrão, Tande, Giba, Maurício. No futsal, Falcão, Manoel Tobias, Schumacher, Lenísio. Se você pegar todos estes esportes hoje, falta essa referência de ídolos e você acaba perdendo espaço”, ponderou.
Kings League e a troca de público
Na avaliação do ex-ala, o cenário atual também explica a migração de parte do público para formatos alternativos, como a Kings League — liga criada por Gerard Piqué, com regras dinâmicas e forte presença digital. Falcão acredita que o futsal tem deixado de ser atrativo à audiência geral por não oferecer mais o fator espetáculo que antes o diferenciava.
“Desde que parei de jogar, a TV aberta não passou mais (jogos), porque não tem mais esta referência de sentar para ver tal pessoa. O público do futsal sempre vai existir, mas aquele público que sentava para ver um atrativo na televisão… (não vai)”, disse. “Estes jogadores que atraem o público estão cada vez mais escassos”, completou.
Geração atual mais nivelada, mas sem brilho
Questionado sobre o nível técnico da nova safra de atletas, Falcão respondeu que o cenário é mais competitivo, mas menos brilhante. Ele destacou que a diferença entre os atletas de elite e os medianos diminuiu, com os grandes nomes perdendo protagonismo técnico em relação a ciclos anteriores.
“Muito pelo contrário. Acho que está mais competitivo. Você tinha os que estavam abaixo, os medianos e os muitos bons. Os muito bons vieram para cá (sinal com as mãos para baixo), os medianos para cá (indicação com as mãos para cima) e os que estavam abaixo alcançaram. Se você pega a Copa do Mundo no ano passado, seleções que há dois ou três mundiais nem estariam na copa, chegam como favoritas ao título. Hoje qualquer seleção que se forma em quatro anos é candidata a chegar entre os quatro primeiros. Isso na minha geração era impossível acontecer”, afirmou.
Evento com casa cheia em Minas
Mesmo aposentado, Falcão segue movimentando ginásios pelo país. Em Juiz de Fora, mais de 3 mil pessoas compareceram ao Ginásio Municipal Jornalista Antônio Marcos para acompanhar o evento que teve amistosos, duelos de X1 e partidas entre escolinhas. A presença da lenda confirmou, mais uma vez, que seu nome ainda atrai multidões. Algo que, segundo ele, falta às novas gerações do futsal brasileiro.
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