Nascido em Laranjeiras, coroado em Londres: a conexão de Thiago Silva com Chelsea e Flu
Ídolo dos Chelsea, rival do Fluminense na semifinal do Mundial de Clubes, Thiago Silva é o personagem central do confronto
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Thiago Silva, ídolo do Fluminense, enfrenta seu ex-clube, o Chelsea, na semifinal do Mundial de Clubes. Após uma chegada discreta ao clube inglês em 2020, Thiago se tornou peça fundamental na conquista da Champions League 20/21 e do Mundial de Clubes 2022, sendo eleito o melhor jogador do torneio. Apesar da reformulação do elenco do Chelsea, Thiago permaneceu como líder e referência para os jovens jogadores. Retornou ao Fluminense em 2024 para ajudar o time na luta contra o rebaixamento e agora busca levar o clube à final do Mundial.
Thiago Silva e o Fluminense entram em campo na tarde desta terça-feira (08/7) em busca de realizar um sonho antes considerado impossível: chegar a final do Mundial de Clubes. O capitão tricolor terá do outro lado do campo um rival que até bem pouco tempo era sua casa: o Chelsea, da Inglaterra, clube onde jogou por quatro temporadas e se consolidou como um dos maiores ídolos da história.
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Chegada despretensiosa e título conquistado
Thiago chegou ao clube inglês em 2020, aos 36 anos, após anos de idolatria (e frustração) no Paris Saint-Germain. Muitos enxergavam a ida do brasileiro para os Blues como um “pit stop”, visando manter o nível de competitividade antes da Copa do Mundo de 2022, e uma transição antes da volta tão aguardada para o Fluminense.
Em um primeiro momento, assinou um contrato de dois anos. No entanto, os dois anos viraram quatro, a transição virou a etapa mais vitoriosa de sua carreira e o Chelsea o clube onde, talvez, possua a maior idolatria na carreira.
De forma despretensiosa, sem contar com grandes estrelas, o Chelsea surpreendeu a Europa e conquistou a UEFA Champions League na temporada de 2020/2021, justamente o que assegurou a classificação para a Copa do Mundo de Clubes deste ano. Evoluindo aos poucos, a equipe inglesa contou com a chegada do técnico alemão Thomas Tuchel, e dos brasileiros Jorginho (naturalizado italiano) e o “monstro” Thiago Silva.
Em janeiro de 2022, contra o Palmeiras, a equipe inglesa não só conquistou o Mundial de Clubes de forma inédita, como também teve Thiago eleito o “Bola de Ouro” da competição. A partir dali a equipe acabou entrando em um declínio.
Transição de comando e liderança garantida
A guerra da Rússia contra a Ucrânia estourou e obrigou o clube inglês, até então propriedade do oligarca soviético Roman Abramovich, a ser vendido para o empresário norte-americano Todd Boenly, que apesar de manter o nível de investimento alto (até maior), pecou nas escolhas esportivas. Jogadores importantes na conquista européia foram deixando a equipe como Jorginho, o alemão Kai Havertz, o volante N’Golo Kanté, o zagueiro Koulibaly e o goleiro Mendy.
No entanto, mesmo veteraníssimo, beirando os 40 anos de idade, um nome o Chelsea não se desfazia: Thiago Silva. A “demora” em deixar a equipe inglesa, com duas renovações contratuais seguidas, acabaram virando motivo de irritação entre tricolores, que ansiavam a volta do ídolo, campeão da Copa do Brasil de 2007, por 15 anos.
Na transição, Thiago foi responsável por orientar grande parte do elenco atual do Chelsea. Nomes como Cole Palmer, Enzo Fernández, Moisés Caicedo e Reece James já chegaram a expor publicamente a gratidão pelo zagueiro. Hoje, Thiago é considerado um dos melhores jogadores da história do clube inglês, colocado no patamar de nomes como Didier Drogba e Petr Cech.
Volta ao tricolor e família fica em Londres
Em meados de 2024, após “perder” o título da Libertadores pelo tricolor em 2023, Thiago voltou ao Fluminense em um momento delicado, ao qual o clube lutava contra o rebaixamento. O zagueiro retornava, mas deixava sua família em Londres, cidade dos Blues, onde fixou residência. Vale destacar que os filhos do jogador são atletas das categorias de base do Chelsea.
Com liderança técnica e psicológica, o guerreiro da zaga tricolor foi o combustível que faltava para o Fluminense realizar a arrancada pela permanência na elite ao fim da temporada. Agora, com seu ex-time do outro lado, Thiago tenta realizar mais uma “missão impossível” e colocar o tricolor na final da Copa do Mundo de Clubes.
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