Prima de Daniel Alves limpa estátua do jogador, vandalizada após condenação por estupro

Um vídeo repercutiu nas redes sociais nesta segunda-feira (4/3), onde Ana Lúcia, mulher que se identifica como prima de Daniel Alves, limpa a estátua do jogador em Juazeiro (BA). Ela foi vandalizada logo em seguida à condenação do jogador no tribunal de Barcelona (ESP), ainda em primeira instância, por estupro.

Por ao menos três vezes após o caso de violência sexual do jogador vir a público, a obra foi vandalizada por moradores da região. Em outra ocasião, a própria Ana Lúcia retirou os sacos de lixo que foram colocados sob a cabeça da estátua. Dessa vez, a prima do jogador teve de limpar a tinta branca das pichações.

“Eu gosto dele. Eu não sei o que falam, as coisas que falam dele não estão sendo bem vistas na minha família e na dele. A família dele tá precisando de paz, ele também. Se eles querem respeito, nós queremos respeito também”, afirmou Ana Lúcia.

Segundo o GE divulgou, o irmão do jogador, Ney Alves, disse não conhecer Ana Lúcia, mas não descartou o parentesco: “A gente tem muitos parentes espalhados, muita gente que a gente nem conhece. A gente saiu muito cedo lá. Eu não conheço ela. Mas gostei muito da atitude, fiquei emocionado. Ver a nossa cidade, nossa própria cidade, tratando ele dessa forma nos entristece muito”, declarou.

Campanha pela retirada da estátua

Diversos cidadãos de Juazeiro já cobraram a retirada da estátua, porém a prefeitura da cidade divulgou em nota oficial que só tomará uma atitude após todo o trânsito em julgado do processo. Ou seja, quando Daniel Alves não puder mais recorrer ou for inocentado em outras instâncias, será definida a situação da obra.

Produzida pelo artista plástico Leo Santana, a imagem exibe o jogador, em tamanho real, com a camisa da Seleção e uma bola nos pés.

Relembre o caso

O fato aconteceu na boate Sutton, em Barcelona, em dezembro de 2022. A vítima acusa Daniel Alves de tê-la obrigado a uma relação não consensual no banheiro da boate.

Segundo os jornais espanhóis, a jovem relatou à Justiça que eles dançaram juntos até que o jogador “levou várias vezes a mão dela até seu pênis, que ela retirou assustada”. Por volta das 4h30 da madrugada, ele pediu a ela para segui-lo até uma porta. Assim que entraram, ela se deu conta que estava num banheiro. Ali teria ocorrido o crime – o que o ex-jogador nega -.

Daniel Alves foi condenado a quatro anos e meio de prisão em regime fechado, mais multa de R$ 900 mil. A decisão cabe recurso.

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