De Sai de Baixo a Da Cor do Pecado: relembre a carreira de Aracy Balabanian

O Brasil perdeu nesta segunda-feira (7/8) Aracy Balabanian, uma das maiores e mais talentosas atrizes de todos os tempos. Ela estava internada no Rio de Janeiro após ser diagnosticada com câncer de pulmão em dezembro de 2022, partindo aos 83 anos. Ao longo de 50 anos de carreira, ela esteve em algumas das mais emblemáticas novelas da TV.

Sua estreia na televisão foi na peça Antígona, de Sófocles, na TV Tupi. Seu pai era contra a carreira da atriz e só aceitou a escolha profissional da filha em 1968, quando ela contracenou com Sérgio Cardoso na novela Antônio Maria.

Desde então, Aracy Balabanian deu vida a personagens inesquecíveis, imprimindo nelas sua marca e versatilidade. Entre os destaques estão Violeta de O Casarão (1976), de Lauro César Muniz, Maria Faz-Favor de Coração Alado (1980/81), de Janete Clair, Marta em Ti Ti Ti (1985/86) e Maria Fromet em Que Rei Sou Eu? (1989), ambas de Cassiano Gabus Mendes, Dona Armênia em Rainha da Sucata (1990) e Deus nos Acuda (1992/93), ambas de Sílvio de Abreu, além da perversa e autoritária matriarca Filomena Ferreto de A Próxima Vítima (1995), seu papel mais emblemático nas novelas.

Nos projetos dos quais fez parte nos anos 2000, estão Germana, em Da Cor do Pecado (2004), Gemma Mattoli de Passione (2010), Máslova Tilman, em Cheias de Charme (2012), e Dona Pupu no remake de Saramandaia (2013).

Balabanian também deixou sua marca no teatro e no cinema. Nas telonas, estão entre os destaques Hair (1968), dirigida por Ademar Guerra, e Clarice Lispector em Clarice Coração Selvagem (1998).

Sai de baixo

A icônica Cassandra de Sai de Baixo talvez seja o papel mais marcante de Aracy. A atriz mostrou um talento singular no projeto que mesclava televisão e teatro e tornou-se memorável, com seu riso contagiante.

A última personagem fixa da atriz em uma novela foi em Sol Nascente (2016). Em 2019, fez uma participação no especial Juntos a Magia Acontece.

Prêmios

Aracy Balabanian colecionou reconhecimentos ao longo de sua carreira. Ela foi indicada cinco vezes ao Troféu Imprensa, conquistou um em 1995, ao lado de um Prêmio APCA e um Melhores do Ano, devido ao seu papel antagônico em A Próxima Vítima. Em 2018, foi homenageada pelo Troféu Mário Lago, do Domingão do Faustão, por sua gigante trajetória.