Decidido: Daniel Alves será julgado por caso de agressão sexual

O caso de agressão sexual que envolve o ex-jogador da Seleção Brasileira, Daniel Alves, ganhou um novo capítulo na justiça espanhola. Com o final das investigações, o jogador será formalmente acusado por agressão sexual na Espanha e vai a julgamento. Ele está detido em uma prisão nos arredores de Barcelona, desde o dia 20 de janeiro deste ano, sem direito à fiança.

De acordo com a justiça, foram encontrados indícios que sustentam o cometimento de agressão sexual por Alves. O jogador, de 40 anos, foi intimado para comparecer perante a juíza Concepción Cantón, responsável pelo caso, e esteve em sessão do tribunal, em Barcelona, nesta quarta-feira (2/8).

Cristóbal Martell, advogado de Daniel Alves, foi o único a se pronunciar e disse que ele não recorrerá da conclusão das investigações. De acordo com a defesa, eles querem “ganhar tempo” e a estratégia agora é chegar logo no julgamento.

Os próximos capítulos

Ainda não há data marcada para o julgamento, mas a previsão é que ele ocorra entre o fim de outubro e início de novembro. De acordo com a imprensa espanhola, a promotoria deve pedir que Alves cumpra 10 anos de prisão, enquanto a defesa irá pedir a absolvição do atleta. Ambas as manifestações são protocolares e precisam ser oficializadas.

A pena pode variar de quatro à 15 anos de prisão, além do pagamento de € 150 mil (R$ 783 mil) à vítima, caso seja condenado, a título de danos morais e psicológicos.

Relembre o caso

De acordo com depoimento da vítima, ela encontrou Daniel Alves no dia 30 de dezembro de 2022, na boate Sutton, em Barcelona, quando o grupo do qual fazia parte foi convidado para entrar numa área VIP. Os dois teriam dançado juntos até que o jogador “levou várias vezes a mão dela até seu pênis, que ela retirou assustada”.

Segundo os jornais, a vítima relatou à Justiça que por volta das 4h30 da madrugada, ele pediu a ela para segui-lo até uma porta. Assim que entraram, ela se deu conta que estava num banheiro. Ali teria ocorrido o crime.

A vítima, após conseguir sair do banheiro, teria informado a segurança, mas o jogador já havia deixado a boate no momento. O DNA de Daniel Alves foi encontrado nos exames feitos pela moça. Desde o início, o lateral tem se contrariado, apresentando mais de uma versão sobre o caso – um dos motivos para que fosse decretada sua prisão preventiva -. A última versão é que o sexo havia sido consensual.