Desaparecimento, violência e prisão: Confira o que se sabe sobre morte de cantora gospel
O portal LeoDias reuniu tudo que já se sabe até o momento sobre o caso e te conta agora com todos os detalhes.
Na última semana a notícia do assassinado da cantora gospel Sara Mariano chocou o país devido tamanha crueldade. O corpo da cantora, que estava desaparecida desde terça-feira (24/10), foi encontrado na última sexta-feira (27/10), carbonizado em um matagal ao lado da rodovia BA-093, na região Metropolitana de Salvador, na Bahia. Porém foi o desenrolar do caso que causou um choque ainda maior, pois o próprio marido da cantora, Ederlan Santos Mariano, de 38 anos, que foi o responsável em registrar o Boletim de Ocorrência sobre o sumiço da esposa e que ao longo da última semana usou as redes sociais mostrando-se preocupado e consternado com o desaparecimento, confessou ter sido o autor do bárbaro crime de feminicídio. O portal LeoDias reuniu tudo que já se sabe até o momento sobre o caso e te conta agora com todos os detalhes.
O desaparecimento
Tudo começou na última quarta-feira, quando Ederlan Mariano, marido da cantora, disse nas redes sociais que Sara estava desaparecida desde o dia anterior, quando havia ido a um suposto encontro de mulheres promovido por uma igreja em Dias D”/Ávila, localizado na Região Metropolitana de Salvador. Preocupados, os seguidores passaram a questioná-lo sobre detalhes do local e da instituição que teria organizado o encontro. Ele se mostrou irritado com os questionamentos que estava recebendo e publicou o primeiro “desabafo” sobre o sumiço da esposa.
No vídeo, ele aparece chorando e chega a falar sobre a dor da filha deles, de 11 anos. Lamenta por não ter conseguido registrar um Boletim de Ocorrência, já que alegava que havia perdido o contato com ela num intervalo de apenas 24 horas.
“Eu tenho uma filha de 11 anos que está aqui triste e chorando junto comigo. Tem gente ligando só por ligar… Sara foi para um evento ontem, dia 24, em Dias D”/Ávila e não retornou mais… vocês que estão ligando… sei que tem muita gente de coração bom, como tem gente que quer se aproveitar do momento… eu não tenho o cartaz do evento, eu não sei o nome da igreja. Tem gente perguntando o nome da igreja, mas eu não sei. Só sei que foi em Dias D”/Ávila, um evento de mulheres. Já fui na delegacia hoje, depois de 24 horas, como fui orientado… nem o B.O eu consegui fazer. O policial me olhou e, junto com a minha filha, mandou eu ir nos hospitais. Vou retornar amanhã para fazer o B.O e começar as buscas”, diz na gravação.
Corpo encontrado carbonizado às margens da rodovia
Após três dias do desaparecimento, na tarde de sexta-feira (27/10), policiais encontraram o corpo da cantora gospel carbonizado às margens da rodovia BA-093, na altura do trevo de acesso ao Povoado de Leandrinho, no município de Dias D”/Ávila. O marido foi o responsável por fazer o reconhecimento do corpo, antes da realização das análises forenses.
Marido vira o principal suspeito
Os investigadores da Polícia Civil da Bahia obteve informações de que no dia do desaparecimento, terça-feira (24/10), não havia qualquer evento religioso ou “encontro de mulheres” acontecendo na cidade de Dias D”/Ávila, sobretudo contando com a presença da cantora gospel, desmentindo a versão inicial dada pelo Ederlan Mariano.
Antes de sumir, Sara chegou a gravar um vídeo no Instagram, onde informava aos seguidores que estava a caminho da cidade, mas não citava nenhum compromisso por lá. A partir daí, amigos, familiares e colegas de trabalho começaram a questionar as versões apresentadas pelo marido da cantora.
As suspeitas da polícia se tornaram ainda maiores quando a irmã da vítima, Soraya Correia, compartilhou um áudio onde ela dizia que havia flagrado uma conversa no celular do marido entre ele e um traficante de drogas, onde mostrava interesse em adquirir uma arma.
Além disso, a família e os amigos da cantora afirmaram à polícia que a relação entre os dois era tóxica, que Ederlan era agressivo, possessivo e, por várias vezes teria violentado a esposa sexualmente, e as brigas vinham se tornando cada vez mais frequentes.
Prisão e confissão
Logo após Ederlan reconhecer o corpo da esposa, na sexta-feira (27/10), a Polícia Civil, através do delegado Euvaldo Costa, representou pela prisão do marido, àquela altura, já entendia que o suspeito era perigoso e que estaria tentando destruir provas de que havia cometido o crime. Na representação pela prisão temporária enviada à Justiça, o delegado pontuou:
“As evidências apontam que o investigado não só mantinha controle emocional da vítima, sobretudo dos fatos ora investigados, o que se iniciou com a notícia do desaparecimento e evoluiu para homicídio qualificado com ocultação de cadáver, cuja vítima foi encontrada com o corpo carbonizado às margens da BA-093, no trevo de acesso ao Povoado de Leandrinho”, destacou. No ofício, ele salientou ainda que “o investigado deixava claro sua intenção de destruir as possíveis provas que estavam armazenadas no celular da vítima e prejudicar as investigações dos fatos, bem como impedir a aplicação da lei penal”.
Preso, Ederlan confessou à polícia que foi o autor do crime, de acordo com os investigadores.
“O marido da vítima teve a prisão temporária decretada e cumprida, após a investigação apontá-lo como autor do delito. Em seguida, ele confessou o crime. O homem passou por exames de lesões corporais e está à disposição do Poder Judiciário”, disse a polícia em nota.
As investigações seguem em andamento e as autoridades afirmam que ainda apuram se outras pessoas estariam envolvidas no crime. O método usado para assassinar a cantora gospel e a motivação do crime ainda não foram revelados.
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