Empresa de Gal Costa com viúva acumula mais de R$ 700 mil em dívidas

Em 2023, a revista Piauí já havia indicado que as dívidas da cantora estavam crescendo, período em que Wilma teria assumido o comando dos negócios

Daniella Magalhães

04/03/2024 às 15:00

Empresa de Gal Costa com viúva acumula mais de R$ 700 mil em dívidas

(Divulgação)

A empresa GMC Produções Artísticas, que pertencia a Gal Costa e sua ex-empresária e viúva, Wilma Petrillo, acumula, aproximadamente, R$ 738 mil em impostos, de acordo com um levantamento feito pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, à Prefeitura de São Paulo e ao Tribunal de Justiça do Estado. As informações são do UOL.

Na análise foi identificado dívidas com a União e a Prefeitura de São Paulo. Entre as ações estão débitos de ISS (Imposto Sobre Serviço), Taxa de Fiscalização de Estabelecimento e Previdenciários.

Segundo os dados, os débitos previdenciários totalizam R$ 188.401,79, conforme a Fazenda Nacional, enquanto as dívidas com a Prefeitura de São Paulo alcançam R$ 549.861,79 até 1 de março de 2023. Além disso, há duas cobranças em aberto no Tribunal de Justiça de São Paulo relacionadas à taxa de coleta de lixo: uma de R$ 21 mil em 2021 e outra de R$ 24 mil em 2023.

Em 2023, uma reportagem da revista Piauí já havia indicado que as dívidas da cantora estavam crescendo nos últimos anos, período em que Wilma teria assumido o comando dos negócios. Na reportagem, também apareceram débitos que incluíam o pagamento de funcionários domésticos, mensalidades escolares do filho de Gal, restaurantes e até mesmo menções à Receita Federal dos Estados Unidos.

Golpe em amigos

A viúva de Gal Costa, Wilma Petrillo, foi tema de uma grande reportagem de Thallys Braga na edição de Julho da revista Piauí. A empresária está sendo acusada por amigos, ex-funcionários e familiares da cantora de assédio moral, ameaças, golpes financeiros e de levar Gal, uma das maiores e mais bem-sucedidas artistas da MPB, à falência.

A revista entrevistou treze pessoas, sendo seis ex-funcionários, seis amigos e um familiar de Gal. A matéria inicia com o depoimento do médico Bruno Prado que revelou que, após se tornar próximo da cantora, Wilma chegou a pedir entre R$ 10 mil a 15 mil para uma cirurgia nos olhos, a mesma que Gal teria feito recentemente. Ele teria emprestado o dinheiro, mas relatou que não teria recebido o pagamento da dívida no prazo combinado.

Como retaliação, ele diz que parou de ser convidado para eventos sociais na casa da amiga. E mais: ela teria ameaçado contar para os pais do médico que ele é gay. “Se você continuar me cobrando, eu vou fazer uma coisa muito bonitinha: conto pro teu pai que você é viado”, teria declarado a empresária. Ele teria inclusive registrado um boletim de ocorrência contra a companheira de Gal Costa.

Intrigas

O produtor Ricardo Frugoli também está entre os entrevistados que denunciaram atitudes abusivas de Wilma Petrillo. De acordo com a reportagem, ele acusa Wilma de atrapalhar a carreira de Gal, a fazendo perder shows no Brasil e na Europa por causa de seu comportamento abusivo. Ele relatou episódios de humilhação nos bastidores, acusações de furto e muitas intrigas.

Briga por herança – filho x viúva

O filho da cantora Gal Gosta, Gabriel Costa, decidiu acionar a Justiça para reivindicar os direitos à herança deixada pela mãe, que faleceu em novembro de 2022. Na ação, o filho questiona a fração do patrimônio entregue à viúva da cantora, Wilma Petrillo.

Wilma pede na Justiça o reconhecimento de uma união estável com a cantora com quem teve um relacionamento de 24 anos. Caso concedida, dará a ela o direito a 50% da herança e a administrar o patrimônio artístico da baiana em conjunto com Gabriel.

A viúva também solicitou a posição de inventariante do espólio e pediu a guarda de Gabriel. Com 18 anos de idade, Gabriel contratou advogados para realizar sua defesa no tribunal, segundo Mônica Bergamo.

Para a defesa do filho de Gal, Petrillo atuava apenas como empresária da cantora e madrinha do menino, tornando a partilha de bens discutível. A interlocutores, ele afirma querer aproveitar a chegada à maioridade para “agir de acordo com sua consciência, livre de influências”.