Médico explica a morte de João Carreiro após cirurgia cardíaca de 12h: “Fatalidade”
O cantor morreu na noite de quarta-feira (3/1), após o procedimento cirurgico
A notícia da morte de João Carreiro, aos 41 anos, abalou o meio sertanejo na noite de quarta-feira (3/1). Nesta quinta (4/1), em coletiva de imprensa, o médico cardiologista do Hospital do Coração, Jandir Gomes, onde o artista estava internado, falou sobre as complicações sofridas pelo cantor.
O especialista caracterizou a morte do artista como uma fatalidade. João passou 12 horas em cirurgia cardíaca antes de vir à óbito.
“Foi uma fatalidade, infelizmente o João entrou para estatística de cerca de 3% de pacientes que morrem em cirurgias cardíacas”, relatou.
Segundo o médico, a morte foi ocasionada por mais de uma causa. Ele tinha uma condição cardíaca chamada de prolapso da válvula mitral (PVM). De acordo com o especialista, o anel da válvula mitral do artista estava calcificado e ele tinha um prolapso com uma degeneração que pode ter acontecido durante anos.
“A maior parte dos casos de prolapso nas pessoas é assintomático. Prolapso é um afrouxamento da válvula (do coração), que até 10% da população têm e precisa tratar. No caso do João, pode ter sido um problema desde a infância, que foi evoluindo ao longo da vida. Ele tinha um prolapso, que é uma doença estrutural no coração. O coração dele já não era normal, o órgão já tinha uma dilatação fora do comum”, explicou Jandir Gomes.
Segundo o cardiologista, João também teve febre reumática, que afeta a válvula do coração. Depois das 12 horas de cirurgia, o coração do cantor teve uma falência e não conseguiu retomar os batimentos normais.
De acordo com Jandir, a falência não deve ser confundida com uma parada cardíaca.
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