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Comentarista de desfiles escolas de samba explica diferença do gênero para o pagode

Samba é um gênero musical, enquanto o pagode é derivado do samba que começou a ser comercializado no final dos anos 1980

      Você já esteve em uma festa que tocou samba e pagode e se perguntou se os gêneros são iguais, ou se tem diferença? Para falar sobre o assunto, o portal LeoDias vai explicar qual a relação entre esses ritmos brasileiros que agitam as festas pelo nosso país.

      A reportagem deste portal conversou com a comentarista de escolas de samba de São Paulo Claudia Alexandre, que no primeiro momento explicou que o pagode é considerado sim um tipo de samba.

      Veja as fotos

      Alcione (Reprodução Instagram)
      Alcione (Reprodução Instagram)
      Dilsinho
      Dilsinho
      Alcione, um dos grandes nomes do samba dos últimos tempos e Dilsinho que vem estourando no pagode (Reprodução/ montagem)
      Alcione, um dos grandes nomes do samba dos últimos tempos e Dilsinho que vem estourando no pagode (Reprodução/ montagem)

      “O samba não é apenas um gênero musical, é um tronco formado por muitas expressões (ritmo, dança, música, religião…) e variantes, entre elas o pagode, que também não é apenas um estilo”, explicou a comentarista.

      Inicialmente a roda de samba entorno de uma mesa era chamada de pagode. Foi então que no final dos anos 1980 essa ramificação do samba foi ganhando espaço, sendo industrializado como um gênero musical, com algumas características marcantes, como por exemplo, ser feito por grupos com composições preferencialmente românticas.

      Claudia passeou pela história dos gêneros musicais e comentou sobre o primeiro samba produzido. “O primeiro samba registrado como tal foi Pelo Telefone, em 1916, por Donga e Mauro Almeida. A cada década surgiam cantores, cantoras, grupos, conjuntos e o que ditava o estilo era a indústria e a mídia. O romantismo, as coisas do cotidiano, a sátira, as injustiças sociais sempre estiveram nas letras dos sambas. Porém, o gênero musical imposto pela mídia como pagode só entra na história a partir do final dos anos 80”, detalhou.

      Além do pagode, podemos citar o choro ou chorinho, um estilo de samba exclusivamente instrumental. Já o samba de gafieira não é um gênero musical e sim uma dança.

      Pagode e suas ramificações

      Questionada a respeito do pagode ter ramificações, Claudia frisou que existiu uma identidade artística dentro desse gênero: “O pagode você teve uma série de grupos, cantores e cantoras que despontaram, principalmente na década de 90, com sucesso e produção apenas naquela época. O que observamos é que haviam estilos como romântico, raiz, partido-alto, rap e outros inusitados como o que fazia o Negritude Junior e o Art Popular, que dominavam a onda do pagode, mas faziam variados ritmos em seus trabalhos, sem necessariamente definirem uma nova ramificação para o pagode, mas sim uma identidade artística.”

      E onde estão as mulheres?

      Claudia Alexandre ainda aproveitou para fazer uma crítica quanto a falta de presença feminina no pagode da década de 1990, mas que tem mudado nos últimos anos.

      “Acho que surpreendentemente poucas mulheres tiveram espaço na onda do Pagode 90 que teve São Paulo como a grande ‘capital’. Entre centenas de grupos que surgiram apenas um grupo feminino despontou e se chamava Fora de Série. Uma prova de que é um lugar machista, que tem sido vencido com o número cada vez maior de novos talentos femininos, tanto grupos como cantoras solo”, finalizou a comentarista de escolas de samba de São Paulo.