Caso Hytalo Santos: delegada destaca importância de proteger crianças na internet
Hytalo Santos foi acusada de lucrar com a exposição sexualizada de menores em vídeo publicado por Felca

Desde que Felca publicou um vídeo acusando Hytalo Santos de supostamente lucrar com a exposição sexualizada de menores, especialmente de Kamylinha, o assunto acendeu um alerta sobre esse tipo de conteúdo. O portal LeoDias conversou com a delegada responsável pelo Núcleo de Observação e Análise Digital do Governo de SP, Lisandrea Colabuono, sobre a importância de proteger a imagem das crianças.
O que é o Núcleo?
Criado pelo Governo de São Paulo em parceria com a Secretaria de Segurança Pública, o Núcleo reúne profissionais das polícias Civil, Militar e Técnico-Científica para investigar crimes no ambiente virtual. Colabuono destaca que o núcleo também atua contra pornografia infantil e estupros virtuais, por exemplo. No entanto, o caso de Hytalo Santos está sob investigação do Ministério Público da Paraíba.
Veja as fotos
Leia Também
O caso Hytalo:
Em 2017, Hytalo começou a publicar conteúdo nas redes sociais. Posteriormente, ele decidiu apostar em outro nicho: criar uma espécie de reality show, onde todos ficam confinados em uma casa com dinâmicas, e ele registraria cada segundo. Acontece que sua “turma” era formada principalmente por menores de idade, como Kamylinha, que começou a produzir conteúdo ao lado do influencer com 12 anos. Em um dos vídeos, Hytalo mostra a criança deitada ao lado de outro menor, porém, exibindo partes íntimas.
Felca, que passou meses acompanhando a turma, publicou um vídeo em seu canal no YouTube denunciando que, além da exploração de menores para produção de vídeos, muitas vezes, as crianças e adolescentes, também tiveram sua imagem sexualizada. O Youtuber afirma que isso geraria ainda mais engajamento para Hytalo, que teve sua conta derrubada após as denúncias. No entanto, ainda não se sabe se foi por determinação judicial, denúncia de usuários ou decisão própria.
Lisandrea reforça que o influenciador já vinha sendo monitorado pelas autoridades, mas não pode detalhar os próximos passos, visto que a investigação não está sob responsabilidade do Núcleo. No entanto, a profissional, que trabalha principalmente com casos envolvendo menores no ambiente virtual, explica de que forma os pais podem se proteger e resguardar seus filhos diante de situações como essa.
Para a delegada, a exposição de crianças e adolescentes é extremamente prejudicial: “Não exponham seus filhos em redes sociais. Não postem fotos rotineiras nem se o seu perfil for fechado”, afirma. “Ao contrário do que muitos pensam, 90% do conteúdo de pedofilia apreendidos em operações policiais condizem com fotos do dia a dia, trocando fralda, de biquíni na praia ou piscina”, declara.
Ela reforça ainda que não existe um perfil comportamental ou padrão comum para suspeitos que registram ou consomem esse tipo de conteúdo: “Essa é a grande questão. Não há perfil criminal para os autores desse tipo de crime. Temos que considerar que 95% dos casos de abusos sexuais ocorrem com alguém da família ou muito próximo a ela. Não tem padrão comportamental e não tem idade”, pontua.
Fique por dentro!
Para ficar por dentro de tudo sobre o universo dos famosos e do entretenimento siga @leodias no Instagram.
Agora também estamos no WhatsApp! Clique aqui e receba todas as notícias e conteúdos exclusivos em primeira mão.