Corpo de Juliana Marins passará por perícia antes de ser entregue aos familiares
Segundo a agência local Antara, a meta agora é identificar a causa exata da morte e a data estimada em que o óbito de Juliana ocorreu

As autoridades indonésias confirmaram, na manhã desta quarta-feira (25/6), que conseguiram resgatar o corpo da brasileira que caiu no vulcão Rinjani, Juliana Marins. Ela foi encontrada a 600 metros da trilha principal, quatro dias depois da queda fatal.
Depois que foi içado, o corpo foi encaminhado de helicóptero ao Hospital Policial de Bhayangkara, em Nusa Tenggara Ocidental, para passar por perícia. Segundo a agência local Antara, a meta agora é identificar a causa exata da morte e a data estimada em que o óbito ocorreu.
Veja as fotos
Nas redes sociais, houve uma onda de pesar, com mensagens de solidariedade aos parentes, além de muitas críticas à lentidão e falhas da operação de resgate.
Os números das autoridades apontam que o parque nacional onde aconteceu o acidente já registrou 190 ocorrências do tipo nos últimos cinco anos, com oito mortes e 180 feridos.
Manoel Marins, pai da jovem, desembarcou recentemente em Bali e cuidará da liberação do corpo. Por meio do Instagram, ele prestou homenagem à filha, citando a letra de uma canção de Chico Buarque.
Trajetória de Juliana Marins
Juliana, que tinha 26 anos e era natural de Niterói, Rio de Janeiro, explorava a Ásia desde fevereiro. Ela já havia visitado as Filipinas, Vietnã e Tailândia e dividia os melhores momentos da viagem solo com seus seguidores, mostrando trilhas e mergulhos em suas redes.
Além das viagens recentes, Juliana acumulava outras experiências internacionais, como passagens por Espanha, Holanda, Alemanha, Uruguai e Egito, país onde fez um intercâmbio.
A jovem era formada em Publicidade e Propaganda pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e, de acordo com seu perfil profissional, trabalhou para empresas como Multishow e Canal Off, do Grupo Globo, além da agência Mynd e o evento Rio2C. Ela também investiu em cursos de fotografia, roteiro e direção cinematográfica.
Adepta do pole dance, Juliana também participava regularmente de eventos e espetáculos da modalidade. Ela era entusiasta das corridas de rua, muitas vezes competindo fora do Brasil.
Linha do tempo do acidente
Sexta-feira, 20 de junho, 19h (Brasília) – Durante trilha com um grupo e um guia, Juliana caiu cerca de 300 metros num abismo do vulcão Rinjani. Ela havia ficado para trás, dizendo estar muito cansada. Turistas que a avistaram usaram um drone para encontrá-la presa numa fenda, sem agasalho e com dificuldade para se mover.
Sexta-feira, 20 de junho, por volta das 22h – A família foi informada por turistas espanhóis que acharam o perfil da jovem na internet e entraram em contato com uma amiga.
Sábado, 21 de junho, 11h40 – Foi divulgado que socorristas haviam levado água e alimento até Juliana. Um vídeo mostrando o local foi encaminhado a parentes, mas depois descobriu-se que essas imagens eram falsas e que nenhuma assistência havia sido prestada.
Sábado, 21 de junho – O Parque Nacional do Monte Rinjani declarou oficialmente que Juliana tinha caído e que se encontrava entre 150 e 200 metros da trilha.
Sábado, 21 de junho, 17h10 – Última imagem que um drone captou de Juliana ainda com sinais vitais.
Domingo, 22 de junho, madrugada – Familiares foram informados que as autoridades haviam mentido quando disseram que a jovem já tinha recebido ajuda.
Domingo, 22 de junho, fim da manhã – Foi anunciado que as buscas foram temporariamente paralisadas devido à intensa neblina.
Segunda-feira, 23 de junho, madrugada – A operação foi retomada com o apoio de um drone equipado com câmera térmica e presença de diplomatas do Brasil.
Segunda-feira, 23 de junho, 5h (Brasília) – Juliana foi localizada imóvel a cerca de 500 metros abaixo da trilha.
Segunda-feira, 23 de junho, 11h36 – Dois alpinistas especializados foram convocados e o parque confirmou que a jovem permanecia no penhasco sem se mexer.
Segunda-feira, 23 de junho, 23h37 – Equipes avançaram 400 metros montanha abaixo e constataram que a jovem ainda estava a 650 metros além da equipe.
Terça-feira, 24 de junho, 5h42 – Familiares foram informados que a região foi isolada para a operação, a fim de evitar a presença de turistas.
Terça-feira, 24 de junho, 6h40 – Manoel Marins, pai de Juliana, embarcou para a Indonésia após dificuldades para encontrar voos por causa de restrições aéreas causadas por conflitos no Oriente Médio.
Terça-feira, 24 de junho, 11h – Os parentes receberam a confirmação oficial que o corpo da jovem havia sido resgatado pelos socorristas.
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