Morre Scylla Prata, fundadora do Hospital de Amor em Barretos
Reconhecida por seu papel pioneiro na prevenção do câncer ginecológico, Scylla teve sua trajetória destacada pelo hospital, que ressaltou a admiração e o respeito conquistados por sua dedicação à medicina
Morreu no último sábado (14/6), aos 101 anos, a médica Scylla Duarte Prata, uma das fundadoras do Hospital de Amor, em Barretos (SP), unidade que se tornou referência nacional no tratamento oncológico.
Reconhecida por seu papel pioneiro na prevenção do câncer ginecológico, Scylla teve sua trajetória destacada pelo hospital, que ressaltou a admiração e o respeito conquistados por sua dedicação à medicina.
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“O Hospital de Amor expressa suas mais sinceras condolências à família Duarte Prata, amigos e a todos que tiveram o privilégio de conviver com ela. Que sua memória permaneça viva entre nós como exemplo de amor, sabedoria e generosidade”, disse.
Em nota, a instituição também frisou que a médica deixa um legado construído com ética, competência e humanidade, além de uma vida marcada pelo compromisso com a ciência e com o cuidado ao próximo.
O velório foi realizado neste domingo (15/6), na Capela Sagrado Coração de Jesus. O sepultamento ocorreu no próprio Hospital de Amor.
Quem foi Scylla
Formada em medicina pela Universidade de São Paulo (USP) em 1949, Scylla integrou uma turma com apenas nove mulheres naquele ano. Escolheu a ginecologia como especialidade e fez residência com Domingos Delácio, nome de destaque na área. Desde então, aprofundou seus estudos sobre o câncer de endométrio.
Com atuação voltada à saúde da mulher, Scylla se destacou por introduzir medidas de prevenção do câncer ginecológico no interior paulista, como a disseminação do exame de papanicolau.
Sua atuação foi essencial para concretizar o sonho do marido, o também médico Paulo Prata, falecido anos antes, de fundar um hospital aberto à população. A unidade foi inaugurada em 1962 e, com o tempo, transformou-se no Hospital de Amor — atualmente uma das principais instituições de tratamento do câncer na América Latina.
Nos últimos anos, Scylla estava afastada das funções médicas e administrativas. Problemas de visão iniciados aos 85 anos se agravaram com o tempo, e um acidente vascular cerebral (AVC), aos 94 anos, a fez se desligar em definitivo das atividades profissionais.
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