Psicopedagoga alerta pais sobre babás que vendem vídeos de abuso por até R$ 20 mil
O portal LeoDias teve acesso exclusivo a um trecho da entrevista da especialista ao “Vaca Cast”, que vai ao ar às 18h desta segunda-feira (5/8), em que ela também alerta que o abuso sexual de crianças se transformou em um mercado bilionário, impulsionado pela internet e pela ausência de supervisão

Atenção: a matéria a seguir traz relatos sensíveis de abuso sexual e pode ocasionar gatilhos. Caso você seja vítima deste tipo de violência, ou conheça alguém que passe ou já passou por isso, procure ajuda e denuncie. Ligue para o 180.
A psicopedagoga Leiliane Rocha é a convidada do “Vaca Cast” desta segunda-feira (5/8), apresentado pela influenciadora Evelyn Regly, que vai ao ar às 18h, no YouTube. O portal LeoDias teve acesso exclusivo a um trecho da entrevista em que a especialista em comportamento infantil faz um alerta grave sobre crimes de exploração sexual envolvendo crianças — incluindo casos que envolvem babás.
“Tem casos de babá que aceitam o salário, por quê? Porque elas fazem vídeo ali, vendem por 10 mil, 20 mil, entendeu?”, afirma Leiliane, relatando que há abusadores que escolhem os conteúdos por “menu”. “Eu quero a criança assim, eu quero a criança com a chupeta, com a fralda, eu quero a criança com a calcinha da mãe (…) Ela faz o vídeo, manda e vende”, ressalta.
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Apesar da gravidade das denúncias, a psicopedagoga destaca que seu objetivo não é causar pânico nem demonizar a contratação de babás. “Não estou dizendo que não contratem babá, gente, não é isso. Estou falando que isso existe. E aí você vai ter mais cuidado ainda”, salienta.
A especialista também aponta que o abuso sexual de crianças se tornou um mercado bilionário, impulsionado pela internet e pela falta de supervisão. “É um mercado multibilionário. Por isso que eles investem em tecnologia, investem pesado em formas de chegar em nossos filhos, porque é lucro garantido — tanto para saciar as perversões quanto pelo dinheiro mesmo”, diz.
Leiliane reforça que o uso descontrolado da internet por crianças tem contribuído para o avanço desse tipo de crime. “O uso sem limites da internet, o uso sem controle dos pais tem alimentado, sim, o mercado”, fala a especialista.
Denúncias aumentaram 195% nos últimos 4 anos
As denúncias de abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes aumentaram 195% nos últimos quatro anos. Segundo o Ministério dos Direitos Humanos, o número de casos registrados pelo Disque 100 saltou de 6.380, em 2020, para 18.826, em 2024.
Atualmente, no Brasil, 13 crianças e adolescentes são vítimas de algum tipo de violência — seja sexual, física ou psicológica — a cada hora. Os dados constam no Atlas da Violência 2025, divulgado em maio pelo Ipea e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, e revelam um cenário alarmante: são mais de 115 mil vítimas por ano.
De acordo com reportagem do G1, a Polícia Federal realizou 2.233 operações contra crimes online ligados ao abuso sexual infantojuvenil entre janeiro de 2022 e março de 2025. Só nos quatro primeiros meses de 2025, 612 foragidos por crimes sexuais contra crianças e adolescentes foram presos. No mesmo período, entre janeiro de 2024 e março de 2025, 113 vítimas foram resgatadas.
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