Quem são os cardeais brasileiros que poderão estar no Conclave para o próximo Papa
Ao todo, o Brasil tem oito cardeais brasileiros, que podem votar, e serem votados, na eleição do próximo representante máximo da Igreja Católica
Nos últimos dias, o mundo inteiro acompanha de perto a saúde de Papa Francisco, que atualmente está hospitalizado e enfrenta uma pneumonia dupla e uma insuficiência renal leve. Por mais que o Vaticano guarde sigilo do prognóstico completo do representante máximo da Igreja Católica, beira a preocupação de que em breve haverá a necessidade para a escolha de um novo líder religioso. E para este possível Conclave, nome dado ao processo de eleição do Papa, sete brasileiros estão aptos de votar – e serem votados.
Assim como mostrada no filme “Conclave”, que concorre ao Oscar neste domingo (2/3), os cardeais, segundo maior posto da Igreja Católica, do mundo inteiro são convocados para participar do processo de votação, que ocorre a portas fechadas no Vaticano. E a pedido do Portal LeoDias, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil reuniu a lisas dos oito cardeais brasileiros que poderão participar do processo. Confira quem são a seguir.
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- Cardeal Odilo Pedro Scherer
Vatican News/Reprodução
O cardeal Odilo Pedro Scherer, 75 anos, foi elevado ao cargo máximo da Igreja Católica desde 2007 e desde então atuou de forma direta entre os sarcedotes. Em 2013, foi um dos cotados para suceder o papa Bento XVI no conclave que elegeu o Papa Francisco. Está a frente da Arquidiocese de São Paulo, posto que irá permanecer até 2026 por um pedido direto do atual papa.
- Cardeal João Braz de Aviz
Reprodução/DW/Vatican Press
O cardeal João Braz de Aviz, de 77 anos, é outro que também estava entre os votantes do conclave que elegeu o Papa Francisco em 2013. Nomeado por Bento XVI ao cargo de prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica, em que permaneceu até janeiro deste ano, Aviz foi um dos brasileiros a ocupar o cargo mais alto na estrutura de poder do Vaticano.
- Cardeal Orani João Tempesta
Canção Nova/Reprodução
O cardeal de 74 foi elevado ao cargo em 2014, por ordem do próprio Papa Francisco. Tempesta comanda há mais de 15 anos a Arquidiocese do Rio de Janeiro (RJ), e é reconhecido pela liderança entre os jovens católicos no Brasil.
- Cardeal Sergio da Rocha
Reprodução
O cardeal de 65 anos também foi indicado ao posto máximo por Papa Francisco, e assumiu o cargo em novembro de 2016. Já foi presidente da CNBB e foi nomeado arcebispo da Arquidiocese de Salvador em 2020.
- Cardeal Paulo Cezar Costa
Canção Nova/Reprodução
O sacerdote de 57 anos é arcebispo da Arquidiocese de Brasília e foi nomeado ao cargo por Papa Francisco em 2022. Costa também é conselheiro e foi eleito representante do Conselho Episcopal Latino-Americano e Caribenho em 2023.
- Cardeal Leonardo Steiner
Reprodução
O cardeal de 74 anos é o arcebispo da Arquidiocese de Manaus e, assim como outros cardeais desta lista, foi nomeado pelo próprio Papa Francisco em 2022.
- Cardeal Jaime Spengler
Cecrei/Reprodução
O cardeal de 64 anos é o atual presidente da CNBB e é o membro da lista mais recentemente nomeado por Papa Francisco, em 2024. Arcebispo da Arquidiocese de Porto Alegre (RS), o sacerdote tem na carreira passagens e missões em várias cidades brasileiras.
- Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Reprodução
O último nome da lista pertencente ao cardeal veterano Raymundo Damasceno Assis, de 88 anos. Nomeado cardeal em 2010 pelo Papa Bento XVI, Assis já participou do conclave que escolheu Francisco em 2013. O sacerdote já não pode mais votar no Conclave, devido a idade, mas pode ser votado pelos demais presentes.
Como funciona um conclave
O conclave é o sistema adotado pelo Vaticano para a escolha de um novo líder máximo da Igreja Católica. Nessa votação, os 120 cardeais eleitores se reúnem na Capela Sistina, em Roma, para escolher o novo papa, onde ficam em isolamento até que um dos candidatos recebe dois terços dos votos.
Um conclave pode ser composto por uma ou várias votações. Sempre que uma votação termina, os sacerdotes do Vaticano lançam uma fumaça aos céus. Caso nenhum cardeal tenha alcançado o número mínimo de votos, é emitida uma fumaça preta. Mas caso a Igreja Católica eleja um novo papa, será uma fumaça branca que tomará os céus de Roma.
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