Última homenagem: corpo do Papa Francisco chega à Basílica Santa Maria Maggiore
Após breve parada diante de um ícone de Maria, onde o falecido orava, o caixão deixou o Vaticano em cortejo rumo ao seu destino final
Após a cerimônia na Praça de São Pedro, o corpo do Papa Francisco alcançou seu destino final na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma. O sepultamento, que ocorre neste sábado (26/4), será uma ato restrito, sem acesso ao público ou transmissão ao vivo. Depois da Missa das Exéquias, a formalidade fúnebre, conduzida pelo cardeal Giovanni Battista Re, na Basílica do Vaticano, o caixão com os restos mortais do falecido foi levado em cortejo pelas ruas do Vaticano à capital da Itália.
Em uma última homenagem, o caixão do Papa Francisco, conduzido em um carro branco, percorreu locais icônicos de Roma, como o Coliseu, o Fórum Romano e a Igreja Il Gesù, um local de especial relevância para sua ordem religiosa, a Companhia de Jesus. Com a celebração no Vaticano, tem início o Novendiali, um tradicional período de 9 dias dedicados ao luto e às orações em memória do sacerdote. Jorge Mario Bergoglio faleceu na segunda-feira (21/4), aos 88 anos, devido a complicações de um acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência cardíaca.
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Líderes de todo o mundo se reuniram para a despedida do Papa Francisco, com a presença de cerca de 50 chefes de Estado. Entre eles, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e a primeira-dama Janja Lula da Silva, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Argentina, Javier Milei. A primeira fase da cerimônia envolveu o transporte do caixão fechado para a Praça de São Pedro, onde foi colocado em frente ao altar.
Além de ter declarado luto oficial em todo o país, pelo período de 7 dias, Lula, que está no país independente, o menor do mundo em área e população, deixou uma nota de pesar e revelou que sempre foi recebido com muito carinho pela autoridade: “A humanidade perde hoje uma voz de respeito e acolhimento ao próximo. O Papa Francisco viveu e propagou em seu dia a dia o amor, a tolerância e a solidariedade, que são a base dos ensinamentos cristãos. Assim como ensinado na oração de São Francisco de Assis, o argentino Jorge Bergoglio buscou, de forma incansável, levar o amor onde existia o ódio”.
“(Levar) a união, onde havia a discórdia; e a compreensão de que somos todos iguais, vivendo em uma mesma casa, o nosso planeta, que precisa urgentemente dos nossos cuidados. Com sua simplicidade, coragem e empatia, Francisco trouxe ao Vaticano o tema das mudanças climáticas. Criticou vigorosamente os modelos econômicos que levaram a humanidade a produzir tantas injustiças. Mostrou que esse mesmo modelo é o responsável pela desigualdade entre países e pessoas. E sempre se colocou ao lado daqueles que mais precisam: os pobres, os refugiados, os jovens, os idosos e as vítimas das guerras e de todas as formas de preconceito”, escreveu o político.
“Nas vezes em que eu e Janja fomos abençoados com a oportunidade de encontrar o Papa Francisco e sermos recebidos por ele com muito carinho, pudemos compartilhar nossos ideais de paz, igualdade e justiça — ideais de que o mundo sempre precisou e sempre precisará. Que Deus conforte os que hoje, em todos os lugares do mundo, sofrem a dor dessa enorme perda. Em sua memória e em homenagem à sua obra, decreto luto de sete dias no Brasil. O Santo Padre se vai, mas suas mensagens seguirão gravadas em nossos corações”, finalizou o 39º presidente do Brasil.
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