Diretor da próxima novela das sete “Família É Tudo” diz que a trama será cheia de aventuras

Após o tom histriônico e colorido de “Fuzuê”, “Família É Tudo” chega ao horário das sete com uma proposta mais leve e com o objetivo de trazer o público de volta para o sofá. Apesar de ser considerada uma comédia, a novela de Daniel Ortiz quer passar a impressão que tem uma seriedade em sua temática, assim como “Vai Na Fé”, que fez muito sucesso em 2023.

 Para se distanciar das semelhanças com sua antecessora, “Família É Tudo” mudou até de título; ela se chamaria “Vovó Sumiu”. “É que a história não fala de uma vovó que sumiu. A novela fala muito mais das relações familiares, que todo mundo tem”, resumiu o autor da trama na coletiva de lançamento da novela das sete da Globo.

O novelista, aliás, garante que teve essa ideia em um sonho e que, por isso, decidiu discutir os muitos conflitos familiares pelos quais todo mundo passa. “Na época de pensar nas ideias de sinopse, eu sonhei com uma família que estava presa em uma casarão. A matriarca sumia e eles estavam preocupados com a herança. Aí eu falei: ‘Gente, será que sai alguma coisa? Será que eu trabalho nessa história?’”, lembrou.

Criado em uma pequena família, Daniel Ortiz quis colocar na sua novela tudo o que sempre desejou em sua vida. “Somos apenas eu, meu pai, uma irmã, um sobrinho. E eu sempre quis ter uma família muito grande, com muitos irmãos, muitos primos. Sabe aqueles natais cheios de gente? Meus natais eram pequenininhos, pouca gente. Sempre quis isso [família grande]. Acho que botei um pouco na tela o que eu gostaria de ter tido. Imagina ter quatro irmãos! Isso deve ser maravilhoso” destacou o autor.

O horário das sete, no entanto, pede ação e aventura, o que Daniel Ortiz – autor de “Alto Astral”, “Haja Coração” e “Salve-Se Quem Puder”–, é craque em escrever. “Essa é mais uma grande aventura que o Daniel nos coloca! A última novela foi com um furacão [Salve-se Quem Puder], agora é uma tempestade no navio. Eu falo que com o Daniel não tem cena de café da manhã! Ele não vem com esse papinho de café porque não rola “, brincou o diretor artístico Fred Mayrink.

Na novela, Vênus (Nathalia Dill), Júpiter (Thiago Martins), Andrômeda (Ramille), Plutão (Isacque Lopes), Electra (Juliana Paiva) são filhos do mesmo pai. Com a morte de Pedro (Paulo Tiefenthaler), eles acabaram se afastando, mas a avó Frida (Arlete Salles) sempre fez de tudo para juntar os netos novamente.

Após ser dada como morta em uma tempestade em um cruzeiro, Frida surpreenderá a todos com seu testamento — que foi lavrado nos Estados Unidos, onde é possível colocar condições. Os irmãos Mancini vão encarar uma missão que transformará suas vidas: além de morar juntos, terão que trabalhar para reconstruir o lugar que marcou o início da gravadora da família, criada por sua avó. A meta é clara: ao final de um ano, se o desempenho dos irmãos não for satisfatório, eles não ganham nada.

“O grande desafio da novela é unir essa família porque são cinco irmãos que se separaram, que não se dão bem”, completou Ortiz. Apesar de todo o humor e da aventura que são a cara da faixa das sete, a próxima trama do horário também vai apostar bastante na importância da família na vida das pessoas.

“É uma novela muito divertida, e eu adoro pensar sobre a família quando a gente faz esse projeto, as nuances que os personagens trazem. “Família É Tudo” vai fazer com que muitas pessoas se identifiquem com esses personagens, com o desafio da união, com o olhar para as desavenças familiares, para o egoísmo, para o amor, e esses ingredientes são o tempero da nossa história. E humanizar isso tudo através do elenco, para mim, é um grande presente. Desejo que o público também bata nessa nossa emoção, nesse nosso sentimento completamente humanizado, que existe nesses personagens, costurados por uma linha muito tênue de comédia”, explicou o diretor.

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