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Filha de doméstica e adotada na infância, Teca Pereira chama atenção em “Vale Tudo”

Artista, hoje com 72 anos, possui carreira dedicada à TV e ao teatro

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        Nise, personagem de Teca Pereira, é a guardiã da história mais macabra de Odete Roitman, de “Vale Tudo“. Na vida real, a veterana, hoje com 72 anos, é dona de uma história de vida complexa, marcada por reviravoltas.

        Em entrevista à TV Cultura, a artista relembrou parte dessa trajetória. Ainda bebê, ela acompanhava a mãe, que trabalhava como empregada doméstica, em São Paulo. No entanto, a família vivia uma condição delicada: sua irmã, pouco mais velha, morava em um orfanato. E, a princípio, ela seria destinada ao mesmo local.

        É quando Clarisse, vizinha de uma das residências que a mãe biológica atuava, entra na história. Comovida com os problemas familiares, a moça, oriunda de uma família rica da região, tomava conta de Teca em algumas ocasiões. Até que a matriarca, temendo repetir a situação da primogênita, confiou os cuidados da filha caçula à mulher em questão.

        Veja as fotos

        Reprodução/Globo
        Odete Roitman (Debora Bloch) e Nice (Teca Pereira) em "Vale Tudo"Reprodução/Globo
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        Odete Roitman (Débora Bloch) e Maria de Fátima (Bella Campos) em "Vale Tudo"Reprodução/Globo
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        Odete Roitman (Débora Bloch) em "Vale Tudo"Reprodução/Globo
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        "Vale Tudo" está no ar na faixa das 21h da Globo e tem repercutido nas redes sociaisDivulgação
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        Portal LeoDias
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        “Eu tinha 1 ano e iria para a mesma instituição onde estava minha irmã, que tinha 2 anos e meio. Mas eu só podia ir com 2 anos. Minha mãe então pensou: ‘Bom, se ela vai para a instituição, por que não ficar com a Dona Clarisse?’. E assim fiquei”, relembrou Teca, que teve a adoção oficializada quando tinha seis anos.

        Os problemas familiares seguiram, ainda que em menor escala. A mãe biológica e a irmã da atriz a visitavam apenas duas vezes por ano: no Natal e em seu aniversário, em julho. Quanto ao pai, a informação que havia recebido era de que estava morto. Aos 18, descobriu que, na verdade, estava vivo.

        Ela o conheceu cinco anos depois. Mas o encontro não foi positivo, como também contou na atração: “Foi uma experiência terrível. Eu não sentia nada, era um estranho. Ele foi altamente desagradável, grosso, bruto. Pensei: ainda bem que não fui criada por ele”.

        Trajetória profissional de Teca Pereira

        Clarisse, a mãe de criação, foi também a grande incentivadora do lado artístico de Teca. Ainda na infância, ela venceu concursos de calouros e participou do “Grande Gincana Kibon”, programa infantil da Record, exibido entre 1955 e 1971. Em 1970, a veterana se formou em balé clássico pela Escola Municipal de Bailado.

        Por outro lado, houve uma discordância entre mãe e filha era quanto às atividades profissionais. Enquanto a matriarca acreditava que a herdeira não precisaria trabalhar, a jovem preferiu ir atrás da independência financeira. Teca passou a atuar como secretária em um colégio de rede da capital paulista.

        No teatro musical, Pereira já recebeu diversos prêmios, como o Troféu Mambembe e o Prêmio Aplauso Brasil, além de ter sido indicada ao Prêmio APETESP de Teatro. Sua estreia na TV foi em 1982, quando viveu Antônia em “Os Imigrantes”, na Band. Depois, foram duas décadas dedicadas exclusivamente aos palcos, tendo retornado à televisão em “Belíssima” (2006).

        Em 2019, ela voltou ao destaque após interpretar Jurema, uma mulher de 70 anos que contraria o marido e decide voltar a estudar, na série “Segunda Chamada”. Desde então, emendou outros trabalhos na teledramaturgia, como “Pico de Neblina” (2019), “The Changeling” (2023), “Família Paraíso”, “Ritmo de Natal” (2023), “TPM! Meu Amor” (2023), “Kasa Branca” (2024).

        Teca destaca que a presença decisiva da mãe de criação em sua formação como artista e mulher: “Minha vida não teria sido o que foi se não fosse Dona Clarisse. Ela foi uma mãe devota, me botou na dança, me deu base. Foi um ganho para mim. Me sinto profundamente grata”.

        Clarisse, mãe adotiva da atriz, morreu em 1990, quando ela ainda tinha 38 anos. “Nasci em uma família negra, mas fui criada por uma mulher bem branca, neta de holandeses. Ela me criou como uma pessoa, e não como uma empregada ou uma dama de companhia. Foi a mãe mais maravilhosa que alguém poderia ter. Ela me deu condições e levava a minha autoestima lá para cima. Sempre me estimulava, dizendo: ‘O problema está nas pessoas e não em você'”, disse, ao UOL.

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