Weintraub reage após Bolsonaro chamar apoiadores de “malucos”: “Fui muito otário”

O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub criticou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após declarações feitas durante um depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), na última terça-feira (10/6). Em sua fala à Corte, Bolsonaro negou ter incentivado atos golpistas e chamou de “malucos” os manifestantes que pediam intervenção militar.

A resposta de Weintraub veio nas redes sociais. Com indignação, o ex-ministro escreveu: “Eu fui muito OTÁRIO!!!!!”. Ele também criticou o fato de o ex-presidente ter pedido desculpas ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, durante o depoimento.

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Durante depoimento no STF, Bolsonaro diz que 8 de janeiro não configura golpeReprodução: TV Justiça

Bolsonaro durante o interrogatório ao STFReprodução: TV Justiça

Bolsonaro sobre reunião golpista: "Estudamos possibilidades dentro da Constituição"Reprodução: TV Justiça

Jair Bolsonaro durante seu depoimento nesta terça-feira (10/6)Reprodução: TV Justiça

Bolsonaro é interrogado no STFReprodução/TV Justiça

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“Eu NUNCA pedi desculpas a eles! Eu NUNCA neguei o que falei deles!”, publicou Weintraub, fazendo referência às suas próprias críticas ao Judiciário.

O depoimento de Bolsonaro foi realizado como parte da investigação que apura uma possível tentativa de golpe de Estado no Brasil. O ex-presidente afirmou que não teve participação nos atos de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas em Brasília.

Segundo Bolsonaro, ele não apoiou nenhuma movimentação antidemocrática e disse que os pedidos por uma intervenção militar vieram de pessoas que “não têm noção do que estão falando”. “Tem os malucos que ficam com essa ideia de AI-5, de intervenção militar das Forças Armadas… que os chefes das Forças Armadas jamais iam embarcar nessa só porque o pessoal estava pedindo ali”, declarou.

Ainda durante o depoimento, o ex-presidente negou qualquer envolvimento com os ataques e afirmou que “repudia” o que aconteceu. “Não tem nada meu ali, estimulando aquela baderna que nós repudiamos”, disse ao procurador-geral da República, Paulo Gonet.

Weintraub foi ministro da Educação entre 2019 e 2020 e, desde que deixou o governo, tem feito críticas constantes a antigos aliados. 

Durante os protestos que ocorreram após o resultado das eleições de 2022, manifestantes foram às ruas com faixas pedindo uma intervenção das Forças Armadas e a permanência de Bolsonaro no poder. Essas manifestações fazem parte da investigação pela Polícia Federal sobre a tentativa de golpe.