Fernanda é o contraste do BBB “Nutella” dos últimos anos, piorado por Tadeu

A confeiteira de 32 anos representa o legítimo perfil da era de ouro dos realities no Brasil

Cadu Safner

06/02/2024 às 18:27

Fernanda é o contraste do BBB “Nutella” dos últimos anos, piorado por Tadeu

(Globo)

Nas últimas horas, Fernanda subiu mais alguns degraus a seu favor no BBB 24. A confeiteira de 32 anos, protagonista dos acontecimentos que mais tem movimentado a casa, representa o legítimo perfil da era de ouro dos realities no Brasil e faz justiça por nomes como Anamara (BBB 10), Elenita (BBB 10), Aline (BBB 13), Angélica (BBB 15) e outras tantas que, independente do tempo de confinamento, salvaram o entretenimento de suas respectivas edições, além de transcenderem os anos e ficarem marcadas na memória do grande público.

Com foco no jogo e, como bem disse na dinâmica do “Sincerão”, em seus objetivos particulares, Fernanda, que na vida cotidiana enfrenta as dores e delícias de ser a típica brasileira, mãe solteira, que levanta cedo para trabalhar e luta para dar uma condição de vida melhor aos filhos, um deles que faz parte do espectro autista, topou entrar na atração e, por decisão própria, sem precisar se debruçar sobre bandeiras e pautas sociais que muitas vezes são abraçadas erroneamente por participantes oportunistas, sem conhecimento de causa, a fim de conseguirem pontos na sociedade.

Com isso, a confeiteira quebra uma barreira de anos, levantada com a saída de Pedro Bial da atração, quando pessoas reais foram quase extintas do programa para abrir espaço a perfis caricatos, alinhados com a ficção, com enredo pronto e equipe de profissionais por trás. O fato se acentuou nos últimos anos com a chegada de Tadeu Schmidt na apresentação do reality que, por muitas vezes, se omite do papel de incentivar os conflitos e debates entre participantes.

A autenticidade de Fernanda não é a mesma autenticidade de Juliette, por exemplo. Fernanda segura nos argumentos o peso de ser uma pessoa que comete erros e os reconhece, sobretudo, não força originalidade, tampouco tem bordão e, o melhor, não tem medo da exposição que aterroriza participantes interessados em sobrevida no pós-reality. Ela pode não ganhar a temporada, talvez nem passar perto de ser uma finalista, mas já escreveu ótimas páginas para a história da atual edição.