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Limite do entretenimento: o que a Globo e a família de Vanessa devem fazer agora?

Dra. Nádia Guibor Gidrão e Dra. Maria Rafart, psicólogas, analisam o cenário crítico da sister no confinamento do reality show

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A aparente descompensação psicológica que Vanessa Lopes tem apresentado no confinamento do BBB 24 chegou ao limite na tarde desta sexta-feira (19/1) após a sister apertar o botão e desistir do programa. Durante todo o processo, a produção do reality show, liderada por Boninho, pareceu não ter compreendido a gravidade da situação e deixou o entretenimento tomar frente de toda essa exposição desnecessária a qual a sister está submetida. O portal LeoDias procurou especialistas para debater quais passos a sister, sua família e a TV Globo deverão tomar a partir de agora. 

E agora, como prosseguir?

Ouvida pelo portal LeoDias, a psicóloga Maria Rafart entende que se faz necessário, após o confinamento, um acompanhamento de profissionais com a tiktoker: “Agora se faz importante um acompanhamento psicológico e psiquiátrico, para poder avaliar se, longe do gatilho do confinamento, ela retorna ao estado de normalidade anterior. Podem haver, contudo, sequelas, e o tratamento deve ser de longo prazo”.

O psicoterapeuta e psiquiatra Saulo Ciasca acredita que o primeiro passo para os familiares é procurar um profissional para ter um diagnóstico. Já Globo, deverá trabalhar para garantir a dignidade da influenciadora, sem espetacularização: “Existem transtornos que podem prejudicar também a crítica ou percepção da própria pessoa sobre seu estado. É fundamental que, para proteção da dignidade e da história da pessoa, ela seja trazida para algum cuidado médico-psiquiátrico para estabelecimento do diagnóstico e construção de uma estratégia de tratamento individualizada.  É importante dizer que espetacularizar transtornos mentais contribui para um aumento de estigma dos mesmos e piora da saúde mental de todos os acometidos pelo transtorno. Psicofobia é o nome que damos para o preconceito, discriminação e atitudes negativas para com pessoas acometidas por transtornos mentais.”.

“Em geral, quadros psicóticos, intoxicação por substâncias (maconha, cocaína e outras), estados maníacos (com euforia e aceleração do pensamento) e dificuldades de controle do impulso produzem comportamentos que podem ser vistos como “bizarros”, “engraçados”, “estranhos”, e poderão gerar reações mais intensas dos espectadores. É fundamental o debate ético e o cuidado para que se proteja a dignidade das pessoas que entram em crises como essas, com seriedade e respeito. Seria interessante que o debate a respeito do estigma e da vulnerabilidade relacionados à psicofobia se aprofundasse na sociedade. Não é mais “engraçado” ou “interessante” quando se trata do sofrimento e prejuízo do outro”, completou.

Já a Dra. Nádia Guibor Gidrão, psicanalista, explicou ao portal LeoDias que a intervenção e um acompanhamento mais preciso se faz necessário. “Com todos os dados que nós temos dentro de uma saúde mental, por exemplo, síndrome de burnout, e outras, é um risco deixá-la ter um surto ao vivo, sem uma intervenção específica”, adianta ela, hoje das grandes referências da área. 

Todo cuidado ainda é pouco

“Todos os fatores são preocupantes. Os fatores comportamentais expressam aquilo que está guardado há muito tempo dentro de si. As dores emocionais, com os vícios e escolhas que ela possa ter feito no decorrer da vida e como nós gostaríamos de ser vistos pela sociedade. Os fatores de pressão, desejos de ser bem-sucedido, de estar no topo, de repetente ter um perfeccionismo exacerbado, todos esses fatores contam”, informa a especialista. 

Porém, Dra. Gidrão explica que o mais importante são as questões emocionais por trás de todos eles. “Precisa investigar um pouco mais. E também a questão emocional é uma ponta o iceberg em relação a saúde física.”

Pensamentos de Vanessa permanecem desorganizados e nomofobia

“Os próprios colegas de confinamento manifestam preocupação com seu estado mental. O gatilho de estar confinada, sem o uso do celular, pode causar esta desorganização e este afastamento da realidade. A nomofobia é um distúrbio que é estudado há pouco tempo, e consiste em reações físicas e psicológicas à abstinência de uso de celular”, explica ela. 

Os estudos apontam para ansiedade e depressão na maior parte dos casos de nomofobia. Visto isso, a especialista faz o alerta: “Não podemos descartar que em Vanessa o “combo” de isolamento, mais o afastamento das redes sociais, possa causar sintomas psicóticos. A forma com que alega estar sendo perseguida pelos colegas e as teorias da conspiração que revelou, sugerem que ela esteja em delírio persecutório. Profissionais da saúde mental que atendem o programa deveriam se reunir com a família para retirá-la deste gatilho, pois o risco de aprofundamento do surto psicótico não pode ser afastado.”

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