Dono de cachorro morto em traslado de avião lamenta: “Ele sofreu lá dentro”
A companhia aérea afirma que a morte do cachorro foi uma surpresa
O tutor do cachorro Joca, que faleceu em transporte aéreo, lamentou a morte do seu pet por negligência. O engenheiro João Fantazzini era o dono do Golden Retriever de quatro anos, que morreu ao ser transportado erroneamente pela companhia aérea GOL para Fortaleza, ao invés do destino correto que era a cidade de Sinop, Mato Grosso.
“Eu sempre vi as mensagens das pessoas sobre os cachorros morrerem nesta situação, mas eu nunca esperava isso, acho que o que mais me dói é saber que ele sofreu lá dentro, porque não é justo ele ter morrido desse jeito”, lamentou João em entrevista para a TV Globo.
“Não tem ninguém que aguente uma pista aérea com 36°C de sol. Ele fechado na caixa. Não tiraram ele da caixa, ele voltou todo molhado”, contou João. A viagem era devido a mudança de João de São Paulo para a cidade de Sorriso, Mato Grosso.
Era previsto o trajeto de 2:30h até Sinop, porém o cachorro teria viajado um total de 8h. A GOL afirma que a morte do pet foi uma surpresa porque ele teria recebido os cuidados veterinários quando pousou no destino incorreto, em Fortaleza, e embarcado com vida para voltar para São Paulo. Segundo eles, Joca teria falecido durante o voo de retorno.
Ao chegar em Sinop e ser informado que Joca havia sido mandado para o destino errado, João decidiu voltar de onde ele partiu no Aeroporto Internacional de Cumbica em Guarulhos, São Paulo e solicitou que seu cachorro fosse devolvido lá. Porém, ao chegar no canil de transporte, João recebeu Joca já sem vida.
“Ele saiu bem, ele voltou morto para mim. Um descaso total lá dentro, porque ninguém falava nada [comigo]. Eles vinham com lanchinho para mim, pra quê que eu vou querer comer? Eles acham que eu preciso que alguém me dê um lanche para comer? O que eu espero é que eles paguem”, lamentou ele.
“Às vezes eu sinto que foi egoísmo meu, que eu poderia tê-lo deixado ele aqui [em São Paulo], mas sempre fomos eu e ele, sempre. Quando eu saía do meu apartamento, ele ficava me esperando o dia inteiro na frente da porta. Ele era um filho para mim. Eu sempre falei que ele foi a minha melhor escolha e agora ele foi embora. O que mais me mata é que ele não deveria ter morrido daquele jeito que eu vi”, desabafou João, emocionado.
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