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Padre Fábio de Melo desabafa sobre depressão: “À beira do abismo”

O padre escreveu uma poesia sobre a fase que está vivendo

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          O Padre Fábio de Melo usou as redes sociais neste domingo (26/1) para abrir o coração e compartilhar detalhes sobre seu diagnóstico de depressão. Em um desabafo emocionante, ele escreveu e recitou uma poesia refletindo sobre o momento difícil que tem enfrentado em relação à tristeza.

          “Foi à beira do abismo que eu sempre andei, desde menino. Tudo em excesso, alegria demais, tristeza demais, amor demais, ódio demais. No avesso de toda alma que hospeda a melancolia, eram muitas loucuras, muitos delírios”, começou dizendo. “Já me acusaram de ser muito emocionado, falaram como se fosse um defeito, mas eu sei que não é. Quem conduz a minha alma pela mão são elas, as emoções”, começou o padre. “Desta particularidade, nascem minhas riquezas, mas também os meus limites”, continuou.

          Veja as fotos

          Reprodução: Instagram
          Reprodução: Instagram
          Foto: Kleber Alepereira
          Padre Fábio de Melo já sofreu de síndrome do pânicoFoto: Kleber Alepereira
          Reprodução: TV Globo
          Padre está enfrentando novamente a depressãoReprodução: TV Globo
          Divulgação
          Padre Fábio de Melo está com 53 anosDivulgação
          Reprodução: TV Brasil
          Padre Fábio de Melo em entrevistaReprodução: TV Brasil

          Ele também revelou que, mesmo nos momentos de felicidade, a tristeza insiste em invadi-lo. “Minha alma sob sombra tem o hábito de viver nas alegrias consciente de que elas estão terminando. Sim, antes mesmo que se findem, eu já estou chorando de saudade delas. Quando vem a tristeza, eu sou invadido pela convicção de que será definitiva.”

          “Este sou eu, um ser melancólico que, de vez em quando, adoece de tanta tristeza. Tristeza não é doença, eu sei, mas, às vezes, é. Quando sinto que está retirando a minha vontade de viver, preciso dar ao meu cérebro um amparo químico, uma ajuda para que os excessos doentios voltem a ser excessos criativos”, disse Fábio. “O grande desafio, minha gente, é chegar à medida exata. Curar a tristeza, mas sem que a medicação me roube a poesia”, finalizou.

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