Sem fórmulas mágicas: médico detalha os principais tratamentos para obesidade
Em meio à febre das canetas emagrecedoras, médico do reality Quilos Mortais Brasil explica o que realmente é possível alcançar com cada método

Dieta, medicamentos injetáveis, cirurgia bariátrica e balão deglutível são exemplos de técnicas usadas no tratamento da obesidade. Com o passar dos anos e o avanço da ciência, mais opções surgem e geram dúvidas naqueles que têm excesso de peso – 68% da população brasileira, de acordo com dados da Federação Mundial da Obesidade.
Segundo Marcelo Carneiro, especialista no tratamento da obesidade e médico do reality Quilos Mortais Brasil, antes de falar em tratamentos, é importante parar de tratar a obesidade como um desafio estético. “É uma doença crônica e progressiva associada a muitas complicações, como diabete tipo 2, doenças cardiovasculares, apneia do sono e até câncer. O tratamento certo depende do grau de obesidade, da saúde geral do paciente e da indicação médica, e não do modismo da vez”, afirma.
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O especialista elencou quatro métodos para perda de peso, que variam conforme a condição do paciente, histórico de saúde e objetivos no curto, médio e longo prazo. Além disso, Carneiro explica o que esperar de cada um deles. Confira:
1 – Mudança no estilo de vida (alimentação e atividade física)
Emagrecer dessa forma é o sonho da maioria das pessoas. “Esse método é indicado para sobrepeso ou obesidade leve e traz resultados positivos quando há orientação profissional e constância, porém, sem apoio adequado, infelizmente o abandono é muito comum. O segredo está na consistência”.
2. Medicamentos injetáveis (semaglutida e tirzepatida)
Mais conhecidos como canetas emagrecedoras, estes remédios, comercializados principalmente como Mounjaro e Ozempic, promovem perda de peso relevante, mas requerem uso contínuo e podem ter efeitos colaterais gastrointestinais. “Essas medicações são um avanço, mas precisam ser bem indicadas. O paciente não pode se iludir achando que só o remédio, sem mudança no estilo de vida, resolve”.
3. Balão deglutível
Indicado para casos leves a moderados, consiste em uma espécie de cápsula que é engolida e inflada diretamente no estômago, sem necessidade de endoscopia ou intervenção cirúrgica. Após quatro meses de tratamento e perda aproximada de 15% do peso, o balão é esvaziado naturalmente e eliminado pelo corpo. “É uma alternativa menos invasiva ótima para quem tem sobrepeso ou ainda não é candidato à cirurgia bariátrica”, reforça o médico.
4. Cirurgia bariátrica
Recomendada para obesidade grau 3 ou grau 2 com comorbidades, é o método mais eficaz a longo prazo. “A bariátrica é segura e transformadora, mas exige acompanhamento contínuo e mudanças reais de hábitos”.
Marcelo enfatiza que não existe melhor ou pior, mas sim o mais indicado para cada caso, com o menor risco e maior chance de sucesso sustentável. “Não se trata apenas de emagrecer, e sim sobre viver mais e com qualidade. Quem adia o tratamento, adia saúde”, finaliza o médico.
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