Máquina de audiência: Walcyr Carrasco encerra a 20ª novela com o público nas mãos
Com Terra e Paixão, autor mais uma vez salvou a faixa nobre da Globo
Walcyr Carrasco concluiu nesta sexta-feira (19/01) o seu 20º trabalho em teledramaturgia. Terra e Paixão, que teve Thelma Guedes como coautora, saiu de cena sem dever nada a suas antecessoras e, o melhor, superando expectativas em meio a um momento crítico de audiência que todas as emissoras enfrentam atualmente. Para se ter ideia, os números do folhetim ficaram acima do maior investimento da década no setor, o remake de Pantanal. Máquina de sucessos, o reverenciado autor de 72 anos, podemos dizer, é um escritor sem fracassos. Mas qual é o segredo para captar tamanha aprovação com o público?
Em várias ocasiões, cabe lembrar, Carrasco disse que as críticas vindas do campo especializado, ou seja, dos jornalistas, estudiosos e fanáticos por dramaturgia, não podem ser o seu termômetro na hora de desenvolver uma história, pois isso causa bloqueios criativos. Suas tramas são escritas sempre com base em seus próprios desejos, e claro, intermediadas pela reação da audiência e das pessoas.
Histórias populares e repletas de reviravoltas, com muitos bordões, abordagens muito características do clássico melodrama e sem tanto compromisso com o politicamente correto, fazem de Walcyr Carrasco hoje, sem dúvida, o autor de novela mais bem-sucedido do mercado brasileiro. Suas obras, boa ou não para o gosto individual de cada um, elas costumam funcionar muito bem no ar.
Walcyr, uma história apenas de sucessos
A maior e melhor história já contada pelo escritor diz respeito a sua própria vida. Entusiasta de si mesmo, Walcyr tinha o sonho de escrever sua própria novela. A formação como jornalista foi o que o credenciou para se tornar um reverenciado escritor.
Amante da literatura, escreveu peças teatrais, poesias, colunas em revistas e jornais, muitos livros, boa parte deles voltados ao púbico infanto-juvenil, além de séries para a TV Manchete, entre estes, um marcante episódio de Joana (1984), com Regina Duarte.
No início da década de 90, ele foi convidado pelo SBT para fazer curadoria de obras estrangeiras, como analisar o que poderia vingar na emissora, seja para produção própria ou apenas exibição. Mas Walcyr não gostava dessa função, pois seu desejo era ver o seu próprio folhetim no ar. E foi justamente nessa fase da vida que a maior das oportunidade caiu sobre suas mãos.
Xica da Silva (1996), talvez o projeto mais audacioso daqueles anos na TV brasileira, tinha Walcyr Carrasco sob o pseudônimo Adamo Angel, pois o autor tinha vínculo contratual com o SBT.
Ao ser descoberto pela imprensa e por seu patrão Silvio Santos, Walcyr Carrasco, então, devido ao enorme sucesso com a história da escrava, ganhou espaço na grade para desenvolver a sua primeira novela na casa. Daí nasceu Fascinação (1998).
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