Após andar com exoesqueleto, Fernando Fernandes quer trazer tecnologia ao Brasil
O apresentador voltou a ter a sensação de andar, depois de 16 anos, com ajuda da estrutura robótica externa ao corpo

Fernando Fernandes usou as redes sociais, no mês passado, para compartilhar sua experiência com um exoesqueleto – estrutura robótica externa ao corpo, que o permitiu andar novamente -. Em 2009, o atleta sofreu um grave acidente de carro e se tornou paraplégico, e desde então ele vive sem os movimentos dos membros inferiores. Em entrevista à Quem, o apresentador afirmou que deseja que outras pessoas tenham acesso a mesma tecnologia que o fez ficar de pé, depois de 16 anos, e gostaria de trazer este avanço para o Brasil.
“Acredito muito na tecnologia. Acho que a tecnologia tem interesse em fazer o ser humano voltar a ter seus movimentos. Aqui, no Brasil, ainda estamos num processo muito lento, perto do que acontece no mundo”, avaliou em uma conversa com o repórter Patrick Monteiro.
Veja as fotos
Fernando opinou que a divulgação do material ajuda na possibilidade de desenvolver esse tipo de tecnologia no país: “Ali foi só um pontapé inicial, não mexo as pernas, mas é um pontapé inicial. Quis realmente ser mais provocativo e mostrar para as pessoas a possibilidade. A partir do momento que investirmos na tecnologia, vamos devolver muita coisa à sociedade. Muitas vezes usamos a tecnologia de forma errônea, a internet, às redes sociais, até para desinformar. Está na hora de começarmos a entender como a tecnologia vai nos beneficiar como sociedade, como povo e como crescimento”, declarou.
O atleta explicou a sensação de voltar a andar depois de tantos anos: “Quando vi no meu corpo, despertou algo que estava dormindo dentro de mim, que era esse desejo de voltar a andar, que não tinha mais. Criei outros caminhos. Aprendi a voar. Aprendi a fazer, enfim, ser livre. Não preciso das minhas duas pernas para ser livre. Entendi que minha liberdade está aqui, na minha cabeça”, disse.
Fernando afirmou que deseja que outras pessoas tenham a mesma oportunidade: “Quando postei o vídeo, caminhando com o exoesqueleto, muita gente lamentou não ser acessível. Mas acho que a gente tem que ter um pouco mais de calma. Deixar esse processo se desenrolar para não tropeçarmos. Primeiro temos que acessar. Depois descobrimos como baratear. Não só pro exoesqueleto, é para acesso às oportunidades”, analisou.
Apesar de ser uma tecnologia cara, principalmente por estar em fase de teste ou produção em baixa escala, ele espera que seja possível barateá-la. “Primeiro, temos que ir atrás. Depois, entender como será o processo de baratear essa oportunidade e de fazer com que ela seja possível às pessoas. Cada coisa de uma vez”, concluiu.
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