Justiça de Pernambuco mostrou para Deolane que no estado a arrogância dela não tem vez

Nesta terça-feira (10/9), o inesperado aconteceu. Outros estados poderiam simplesmente ignorar as falas de Deolane ao sair da cadeia, desobedecendo em minutos as ordens da prisão domiciliar, e deixá-la voltar para casa, mas Pernambuco tomou uma atitude diferente – e correta -, ao mandá-la de volta para a prisão.

A nota da Polícia Civil do Estado de Pernambuco sobre a decisão foi objetiva, mas você percebeu os mínimos detalhes do comunicado?

“A Polícia Civil de Pernambuco informa que uma mulher, de 36 anos, que havia sido alvo da Operação de Repressão Qualificada Integration, foi presa no Fórum Rodolfo Aureliano, no Recife”.

Não se engane, deixar o nome dela de fora não foi nada por acaso.

Analistas políticos examinaram tintin por tintin, desde a recusa de citar o nome da influenciadora até mesmo a decisão muito mais dura de levá-la para uma cidade a 300km de Recife no agreste, longe da mãe, que continua presa.

A justiça de Recife não precisou de um alvoroço para fazer cumprir suas decisões. Esperaram a advogada ir ao compromisso no Fórum, onde já tinha hora marcada, e lá dentro, longe das câmeras, ela recebeu a ordem de voltar para a prisão.

A entrevista na porta da cadeia aliada ao post com a boca coberta seria ignorada por muitos outros lugares, seja pela influência de Deolane ou por seus números nas redes sociais. Em Pernambuco, isso não aconteceu.

Em São Paulo, por exemplo, onde mora, Deolane canta de galo. No nordeste, a justiça e a polícia fizeram questão de confirmar sua postura altiva, ou seja, superior, mais séria, ao provar que não importa quem você seja, mas sim se você cumpre as decisões da lei ou não.

Por Thiago Miranda, com apoio de Daniella Magalhães