Após ser acusado de racismo, Perlingeiro, homem forte do Carnaval, pede desculpas. Veja!
Locutor atua como presidente da Liga das Escolas de Samba e está sendo acusado de racismo após fala
Locutor da apuração das notas do Carnaval carioca há décadas, Jorge Perlingeiro se tornou um dos nomes mais conhecidos da Sapucaí e, mais recentemente, desde 2021, passou a comandar a Liga Independente das Escolas de Samba do Rio (Liesa). Um episódio protagonizado por Perlingeiro nesta segunda-feira (13/11), no entanto, causou polêmica após um comentário considerado racista contra um dos carnavalescos da Portela. O homem forte do Carnaval carioca pediu desculpas em um vídeo publicado nesta terça-feira (14/11) e afirmou que a fala foi uma brincadeira.
“Num dos momentos eu brincando com um dos carnavalescos que estavam presentes nessa brincadeira ficou, de repente algumas pessoas se sentiram de certa forma, não digo ofendidas, mas molestadas, porque de repente eu estava falando de alguma coisa ligada à negritude. Falando sobre racismo, isso nunca ocorreu na minha vida. Há 55 anos eu lido com sambista, obviamente que grande parte são negros, são pretos, pessoas que fazem parte da minha vida, não importa a cor, o que importa para mim é o relacionamento e a importância. Eu quero, se de fato atingir alguém de uma forma pejorativa ou inábil, quero dizer que eu me penalizo, me solidarizo com isso. Desculpem aqueles que por acaso se sentiram ofendidos, não foi essa a minha intenção”, disse o presidente da Liesa.
Veja o vídeo!
Entenda o ocorrido
Ao apresentar seu podcast “Só Se For Agora”, em que recebe componentes das escolas de samba, Perlingeiro questionou e ironizou a negritude de Antônio Gonzaga (um dos carnavalescos da Portela). Em sua estreia no Grupo Especial, o artista prepara, para 2024, justamente, um enredo que tem o racismo como o pano de fundo — “Um Defeito de Cor”, assinado ainda por André Rodrigues, que também é negro.
A dupla de profissionais estava diante de Perlingeiro, no programa ao vivo para a internet, quando Gonzaga se referiu a ambos como “dois carnavalescos pretos, que estão chegando, trabalhando pela
primeira vez juntos”.
Perlingeiro, então, rebateu: “Você é negro, preto?”, e, ao ouvir uma afirmação positiva de Gonzaga, emendou: “Precisamos jogar uma tinta em você. Você tá muito clarinho. Sua mãe é negra? Seu pai? Os dois? Seu pai é branco? (…) Logo vi. Você não tá com essa negritude toda”. Gonzaga, então, devolveu: “Não, mas eu sou negro, sou de família negra”.
O momento foi visualizado por 1 mil internautas no YouTube e o corte deste trecho, em específico, rodou as redes sociais e, numa delas, já ultrapassa as 160 mil visualizações. Nos comentários, Perlingeiro está sendo acusado de ter cometido racismo contra Gonzaga ao questionar a cor e a identidade racial do jovem.
No estúdio, também estavam Bianca Monteiro, rainha de bateria da Portela, e Gilsinho, intérprete da azul e branca de Madureira, na Zona Norte do Rio. Os dois também são negros e estavam entre os convidados, como Gonzaga.
Aos 29 anos, Antônio Gonzaga desde adolescente se tornou conhecido na folia do Rio pela atuação como compositor de sambas-enredo (com destaque para obras escritas para o Salgueiro) e, em 2023, estreou como carnavalesco na Série Ouro, pela agremiação Arranco do Engenho de Dentro. A qualidade do trabalho rendeu o convite da Portela, que, em fevereiro, será a segunda a desfilar na Segunda-Feira de Carnaval, 12 de fevereiro.
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