Lula defende Haddad, cobra Congresso e critica privilégios em discurso Menos é Mais conquista 1 bilhão de visualizações com bloco “Melhor Eu Ir”
Lula defende Haddad, cobra Congresso e critica privilégios em discurso Menos é Mais conquista 1 bilhão de visualizações com bloco “Melhor Eu Ir”

Lula defende Haddad, cobra Congresso e critica privilégios em discurso

Em evento do Plano Safra, presidente reclamou da “indústria do lobby”, defendeu a tributação mais justa e responsabilizou o Congresso pela manutenção de desigualdades

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          Durante a cerimônia de lançamento do Plano Safra 2025/2026, nesta terça-feira (1º/07), no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Enfaticamente, Lula afirmou que são raros os países que contam com alguém da “seriedade” de Haddad na condução da economia. “Esse país teve poucos assim”, elogiou, ao lado do auxiliar. E completou, em tom emotivo: “Então, Haddad, uma coisa que aprendi com a minha mãe: a gente paga muito o preço por ser honesto. Muitas vezes as pessoas são induzidas a serem desonestas porque têm menos problemas. Nós vamos pagar esse preço”.

          O chefe do Executivo federal também não poupou críticas ao ex-ministro da Economia Paulo Guedes, que classificou como autor de bravatas e decisões irresponsáveis. “Por que ninguém cobrava estabilidade fiscal no governo passado? Por que ninguém cobrava o teto de gastos? Que foi possivelmente o momento mais irresponsável desse país”, provocou.

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          Fernando HaddadReprodução
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          Gabriel Galípolo, presidente do Banco CentralReprodução: Agência Brasil
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          Projeto sobre IOF do governo Lula foi derrubado na CâmaraReprodução: TV Câmara

          A tensão entre Executivo e Legislativo foi outro ponto central do discurso. Lula citou os presidentes do Senado e da Câmara, respectivamente Rodrigo Pacheco e Arthur Lira, bem como os sucessores Davi Alcolumbre e Hugo Motta, para afirmar que o país só mudará se houver vontade política real. Ele responsabilizou o Congresso por inviabilizar propostas de correção de desigualdades, como a derrubada recente dos decretos sobre o IOF.

          Em paralelo à defesa da justiça tributária, Lula anunciou um investimento de R$516,2 bilhões no setor agropecuário empresarial por meio do novo Plano Safra, reforçando que sua administração continua comprometida com o crescimento produtivo aliado à inclusão social.

          Críticas ao Congresso Nacional e concentração de “privilégios”

          O presidente também voltou a atacar os que, segundo ele, resistem à construção de um sistema tributário mais equilibrado. O petista afirmou que sua gestão não busca retirar direitos, mas sim corrigir distorções em que poucos concentram privilégios enquanto a maioria carece de garantias básicas.

          “Ninguém está querendo tirar nada de ninguém. Queremos apenas diminuir os privilégios de alguns para dar um pouco de direito para os outros”, declarou o presidente, ao criticar a falta de apoio no Congresso para medidas de ajuste fiscal consideradas socialmente justas.

          Lula também reforçou sua insatisfação com o excesso de influência política de determinados setores econômicos, citando o setor de apostas online como exemplo da disparidade na arrecadação. “Pega a diferença do custo de vocês [empresários do agro] que produzem para o lucro de vocês e pega a diferença do custo de quem tem um bet com o lucro dele. Quanto custa fazer essa bet? E o tamanho do lucro? E essas pessoas se rebelam”, disparou, ao mencionar a resistência em aprovar a elevação da alíquota das casas de apostas, as “bets”, de 12% para 18%.

          Críticas à condução da política monetária pelo Banco Central

          O presidente também comentou a condução da política monetária pelo atual presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, dizendo que ele “herdou o prato feito” da gestão anterior. A taxa Selic, hoje em 15% ao ano, é vista com críticas por Lula, que aposta em uma redução gradual com o controle da inflação e estabilização cambial.

          A fala do presidente ocorre em meio a um cenário de crescente disputa entre os Três Poderes, com impactos diretos nas pautas econômicas e sociais do país. Além disso, a crítica ao Banco Central esbarra no que o presidente falou nesta segunda-feira (30/6) sobre Galípolo, elogiando-o.

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