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Lula rebate críticas ao aumento do IOF e defende Haddad mais uma vez

Presidente exaltou o desempenho econômico de seu governo e contestou pressões do mercado horas antes de votação que pode derrubar decreto sobre IOF na Câmara

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          Em meio à expectativa pela votação na Câmara dos Deputados que pode revogar o decreto que eleva a alíquota do IOF, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a sair em defesa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e criticou vozes do mercado que vêm questionando a política econômica do governo. A sessão está prevista para ocorrer nesta quarta-feira (25/6), e há forte tendência de derrota para o Planalto.

          Durante um evento no Ministério de Minas e Energia, em Brasília, Lula aproveitou o lançamento do programa “Combustível do Futuro Chegou”, que anunciou o aumento da mistura de etanol na gasolina e do biodiesel no diesel, para elogiar a condução da economia por Haddad e rebater críticas sobre a responsabilidade fiscal do governo. Sem citar diretamente a votação do decreto, o presidente afirmou que “seriedade na economia não é fazer mágica” e que confia plenamente na atuação de seu ministro da Fazenda.

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          Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
          O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa do programa "Sem Censura", da TV Brasil, apresentado por Cissa Guimarães, que também recebe o pianista Francis Hime, o psiquiatra Higor Caldato e o jornalista MukaFoto: Fernando Frazão/Agência Brasil
          Foto: Wilton Júnior/Estadão
          Presidente Lula e Ministro da Fazenda, Fernando HaddadFoto: Wilton Júnior/Estadão
          Foto: Ricardo Stuckert
          Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)Foto: Ricardo Stuckert
          Reprodução: YouTube/Canal Gov
          Presidente Lula afirma que Ministério da Fazenda não errou na decisão de anunciar o reajuste no IOFReprodução: YouTube/Canal Gov

          Lula aproveitou a ocasião para alfinetar economistas e organismos internacionais, especialmente o Fundo Monetário Internacional (FMI), ao dizer que não precisa da chancela de “técnicos de fora” para entender o que é responsabilidade fiscal. “Muitas vezes, o que tem é déficit de compreensão e de acreditar nesse país. Eu não preciso de nenhum técnico do FMI para dizer para mim o que é responsabilidade fiscal”, disparou o petista, sob aplausos.

          O presidente também destacou que seu terceiro mandato vem apresentando os melhores indicadores econômicos dos últimos 15 anos e ressaltou que o melhor momento da economia brasileira foi com sua volta, contrariando análises econômico-políticas sobre a situação.

          Lula ainda ironizou a recorrente reclamação do empresariado sobre a carga tributária, cobrando mais coerência diante das isenções que o próprio governo concede. “Não é possível. Não vai dar certo”, afirmou.

          Para o presidente, a gestão econômica atual tem enfrentado desafios estruturais desde o início do mandato. Ele citou a PEC da Transição, o novo arcabouço fiscal e a aprovação da reforma tributária como exemplos de medidas difíceis, mas necessárias. “Vocês sabem que nós estamos há quase três anos tentando consertar a economia. Primeiro foi a PEC da transição. Depois foi o arcabouço fiscal… que nós tivemos coragem de dizer que por mais que a gente arrecadasse, a gente não poderia gastar mais que dois e meio (bilhões). E depois a reforma tributária. Uma coisa feita a 513 mãos na Câmara e 81 no Senado. Não é o que nenhum de vocês queriam, e nem o que eu queria. Foi o possível”, declarou.

          A decisão de elevar o IOF tem sido alvo de críticas do mercado e de parlamentares, mas o governo estima arrecadar R$10 bilhões com a medida neste ano, dinheiro considerado essencial para manter o equilíbrio das contas públicas.

          Em tom firme, Lula também questionou o silêncio de setores empresariais e da mídia econômica durante gestões anteriores. “Quem é que se preocupou com déficit fiscal no governo passado? Qual é que foi o empresário que foi à imprensa dizer que o Guedes estava desrespeitando o déficit fiscal?”, provocou.

          Com a votação na Câmara se aproximando, Lula tenta reforçar sua estratégia de defender publicamente Haddad e reafirmar a condução econômica do governo como responsável e comprometida com o crescimento, mesmo diante da resistência política e dos desafios fiscais.

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