Morre carnavalesco de desfiles marcantes na Grande Rio, Salgueiro e Gaviões
Roberto Szaniecki tinha origem polonesa, foi campeão em SP, vice no Rio e morreu aos 62 anos
Com 62 anos completos ontem, morreu nesta terça-feira, 31, o carnavalesco Roberto Szaniecki, cujo nome está gravado na história da Grande Rio e da Gaviões da Fiel, bem como outras agremiações dos Carnavais do Rio de Janeiro e de São Paulo. O artista, de origem polonesa, atuou no espetáculo das escolas de samba de 1993 a 2016, tendo conquistado dois campeonatos na folia paulista (em 1999 pela agremiação ligada ao Corinthians, e em 2006 pela Império de Casa Verde). A causa da morte não foi divulgada.
Apelidado de “Polonês”, Szaniecki estava fora dos Sambódromos desde 2016, quando assinou o desfile da Nenê de Vila Matilde. Na ocasião, com uma homenagem à atriz Cláudia Raia, a agremiação ficou na 9ª colocação do Grupo Especial de SP. Três anos antes, em 2013, o carnavalesco encerrou a carreira em território carioca pela Grande Rio, com um enredo sobre o petróleo.
Na mesma agremiação, em 2006 e 2007, ele foi vice-campeão desenvolvendo alegorias e fantasias sobre o estado do Amazonas e o bairro de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, onde fica a sede da tricolor. O vice, aliás, foi uma conquista alcançada ainda no início da trajetória artística, em 1994, pelo Salgueiro (o enredo era “Rio de Lá para Cá”).
Na carreira, Szaniecki também trabalhou em agremiações como Mangueira, Portela, Estácio de Sá, União da Ilha, Inocentes de Belford Roxo, Unidos da Ponte e Tom Maior. Em homenagem às passagens por essas instituições, manifestações de luto estão sendo emitidas por cada uma delas. A Grande Rio, por exemplo, definiu o carnavalesco como “artista brilhante” e disse que “lamenta profundamente” a morte dele. Para o Salgueiro, o trabalho de Szaniecki deixou “uma marca inestimável” na história da vermelha e branca, que prometeu celebrar “eternamente” a memória do carnavalesco.
Em 2020, amigos de Szaniecki fizeram uma “vaquinha” virtual para arrecadar R$ 30 mil, destinados a tratar a saúde dele. Na época, o grupo informou que o artista estava internado no Hospital Municipal Miguel Couto, no Rio, e precisaria passar por uma bateria de exames para identificar as causas de uma anemia grave, que o fez perder peso e causou fadiga muscular — ele também passava por dificuldades financeiras em meio à pandemia.
Não há, no entanto, confirmação de que o quadro de três anos atrás esteja ligado aos motivos que levaram Szaniecki a óbito hoje. Informações sobre o funeral ainda não foram divulgadas pela família.
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