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Reinterpretação da saga de Orfeu é o enredo da Tom Maior para o Carnaval 2024

Personagem da mitologia grega ganha nome indígena e um cocar em nova versão

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“Aysú – uma história de amor” é o enredo que a Tom Maior apresentará no Carnaval de 2024. Com autoria do carnavalesco Flávio Campello e colaboração de Bruno Freitas, Erick Nakanome e Felipe Diniz, a escola optou por reinterpretar a saga de Orfeu, um personagem da mitologia grega.

 

A agremiação, que ocupou a sexta posição no Carnaval de 2023, vive um momento de festa em sua nova quadra, localizada na Barra Funda, e com essa energia busca o primeiro título na folia paulistana.

 

Na sinopse do enredo, o carnavalesco explica: “Chamaremos Orfeu para sambar. Só que nessa terra tupiniquim ele usará um cocar. Retiraremos sua lira e lhe entregaremos uma flauta, e lhe daremos o nome Abaeté. Eurídice, aqui no Pindorama, será transformada em Anahí e se tornará a mais bela Cunhã-Poranga deste lugar. Essa história de amor será o tema do nosso desfile”, escreveu.

 

A Tom Maior quer encantar o público com essa narrativa no sábado de Carnaval, dia 10 de fevereiro, quando será a segunda a desfilar.

 

Confira o samba-enredo da Tom Maior para o Carnaval 2024:

Autores: Gui Cruz, Turko, Portuga, Rafa do Cavaco, Imperial, Fabio Souza, Anderson, Willian Tadeu e Vitor Gabriel

 

Lá pelas matas Juremá
São caminhos de Rudá, divino senhor
É flecha certeira no peito
Anahi, um sentimento que Monã me entregou
Ressoa em mim, supremo dom em cada alvorecer
O som da paz compõe o meu viver
No coração da aldeia sonha um curumim
Guaracy iluminou lendas que o tempo ensinou
O erro e a dor são o destino
De quem foge do amor

Numiá, arapiá
A sede do poder que cega o olhar
Oh Deus Tupã, em seu afã
Vê na sete deusas, toda forma de amar

Quando a luz do dia no Yby se apagou
A noite, um mistério de Guarandirô
Boiuna lança a jovem pro abismo da saudade
Abaeté, meu nome é coragem
Levado em um sopro de esperança
Desafia a solidão da eternidade
No meu silêncio vejo o caos, destruição
Os Karaíbas sangrando esse chão
Mas do meu pranto renasce o amanhã

Despertando nos braços de Cunhã

Ecoa na aldeia, um canto Parajá
Em Tom Maior, bate o meu mangará
É Aysú quando vejo o seu sorriso
Ybimarã, meu sonhado paraíso

Veja as fotos

Divulgação
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Divulgação/LigaSP
Divulgação/LigaSP

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