Jurados alegam falta de projeção sonora e imprecisão ao justificar notas 9,9 da Grande Rio
Minutos após a divulgação das justificativas, mestre Fafá usou suas redes sociais para rebater as críticas, atribuindo o problema a uma "falha mecânica" e não à execução da bateria.

A Acadêmicos do Grande Rio viu o sonho do título do Carnaval escapar por uma diferença mínima de 0,1 ponto, após a bateria, comandada pelo renomado mestre Fafá, receber notas que geraram polêmica. A Liga Independente das Escolas de Samba (LIESA) divulgou na quinta-feira (6/3) as justificativas dos jurados, que apontaram falhas na execução da bateria, resultando na vitória da Beija-Flor.
A decisão foi tomada no quesito bateria, onde a Grande Rio recebeu duas notas 9,9. Uma delas foi descartada, enquanto a outra foi considerada na contagem final, definindo o resultado apertado. O jurado Ary Jayme Cohen, responsável pelo módulo 2, destacou que os ritmistas que tocavam as caixas não atingiram a precisão esperada.
Veja as fotos
“Na última convenção apresentada ainda no módulo do julgador no final da bateria com os atabaques, a resposta das caixas sugeriu uma imprecisão com efeito de (flam)”, explicou Cohen.
O termo “flam” refere-se a uma falta de sincronia, quando uma batida extra é executada sem necessidade.
Já a jurada Geiza Carvalho, que também atribuiu 9,9 à bateria no módulo 4, apontou problemas com os curimbós, instrumentos que, segundo ela, não tiveram a projeção sonora adequada.
“Mestre Fafá, os curimbós soaram baixíssimos na apresentação da bateria no módulo 4. É importante adequar melhor os instrumentos inseridos no arranjo para que a perfeita execução das eventuais bossas e paradinhas possam ser executadas. Não houve projeção sonora do instrumento em questão, por isso foi descontado em 0,1”, justificou.
Mestre Fafá aponta falha mecânica
Após ter acesso a justificativa das notas que tiraram a Grande Rio da disputa pelo título de campeã, Mestre Fafá afirmou que não concordou com as avaliações. Minutos após a divulgação das justificativas, ele usou suas redes sociais para rebater as críticas, atribuindo o problema a uma “falha mecânica” e não à execução da bateria. Ele afirmou que os curimbós foram claramente ouvidos, inclusive “até da arquibancada”.
“0,1 Décimo perdido por não ter ouvido os curimbós. Até desse vídeo (postado) da arquibancada da pra ouvir eles. E mesmo se não tivesse ouvido, isso é uma falha do som e não minha. O rapaz do microfone está lá posicionado na hora. Isso é uma falha mecânica e não da bateria”, escreveu Fafá.
Na noite anterior, logo após a apuração na Cidade do Samba, mestre Fafá já havia se manifestado, pedindo desculpas à comunidade de Duque de Caxias pelas notas 9,9. Essa foi a primeira vez, em cinco anos sob seu comando, que a bateria da Grande Rio perdeu décimos.
A bateria foi o terceiro quesito a ser anunciado durante a apuração. Até então, a Grande Rio liderava ao lado de outras escolas, incluindo a Beija-Flor, que acabou conquistando o título.
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