Justiça absolve Rogério Andrade de acusação de lavagem de dinheiro após quase 20 anos
Diante da falta de elementos suficientes para sustentar a acusação, o tribunal decidiu pela absolvição de Rogério Andrade

O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) mantém absolvição de Rogério Andrade, patrono da Mocidade Independente de Padre Miguel e sobrinho de Castor de Andrade, da acusação de lavagem de dinheiro.
A denúncia contra Rogério Andrade teve origem na Operação Gladiador, que investigou a exploração de jogos de azar no Rio de Janeiro e resultou na apreensão de 352 máquinas eletrônicas.
Após ser absolvido em 27 de abril de 2018 pelo juiz da 3ª Vara Federal do Rio de Janeiro, inconformado, o Ministério Público Federal (MPF) apresentou recurso de Apelação, alegando que Rogério ocultou e dissimulou a origem de recursos obtidos ilegalmente, caracterizando crime de lavagem de dinheiro.
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O julgamento, realizado na última terça-feira (28/1), marcou o desfecho de um processo que se arrastava há quase duas décadas. (Acho temerário falarmos em desfecho, pois ainda cabe recurso).
A defesa de Andrade, liderada pelo advogado Silva Neto, sustentou que não havia provas concretas que ligassem seu cliente ao crime.
O relator do caso, desembargador federal Marcello Ferreira de Souza Granado, reconheceu as fragilidades da acusação, destacando a ausência de comprovação que justificasse a lavagem de dinheiro.
Diante da falta de elementos suficientes para sustentar a acusação, o Tribunal decidiu pela manutenção da absolvição de Andrade. Manteve, no entanto, a condenação de Frankney Guedes de Carvalho, outro réu no mesmo processo, por crimes contra a ordem tributária.
Ao portal LeoDias, o advogado do patrono da Mocidade, Dr. Silva Neto, esclareceu que a decisão se deu por unanimidade, após comprovado que Rogério não tinha qualquer relação com Frankney Guedes de Carvalho e nem com Rinaldo da Silva Venâncio Jr que tinha sido apontado como seu irmão. Rogério tem um irmão chamado Rinaldo, mas o nome completo dele é Rinaldo Costa de Andrade e Silva.
“Esse processo iniciou em Niteroi há quase 20 anos e lá eles fizeram acusações de organização criminosa e lavagem de dinheiro contra o Rogério Andrade, porque uma pessoa dizia ser irmão do Rogério e durante o processo provamos que essa pessoa não tinha qualquer relação com ele. A Justiça já tinha julgado improcedente a acusação anteriormente [em 27 de abril de 2018], mas na época, o Ministério Público recorreu da decisão [em04 de maio de 2018], reabrindo o processo. Ontem passamos por uma nova audiência, que ficou comprovado novamente que ele não tem nenhum envolvimento nesse caso e nem relação com os outros réus, sendo assim absolvido por unanimidade”, declarou o advogado de Andrade.
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