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Autora de “Vale Tudo” volta atrás e mantém praga de cena clássica de Raquel e Fátima

Manuela Dias chegou a cortar esse trecho em versões anteriores do capítulo, mas reescreveu a sequência e manteve a maldição de mãe para filha

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*As informações contidas neste texto são de responsabilidade dos colunistas e não expressam necessariamente a opinião do portal LeoDias.

          Se a bofetada que Raquel (Taís Araujo) deu em Maria de Fátima (Bella Campos) já causou rebuliço entre os noveleiros, o capítulo previsto para ir ao ar no dia 7 de julho promete incendiar ainda mais as redes e conversas de bar. Nele, Raquel, num momento de pura fúria, invade a prova do vestido de noiva da filha e protagoniza uma das cenas mais catárticas da novela até agora: ela rasga o vestido de Fátima aos gritos, num misto de dor, decepção e repulsa.

          A sequência é um verdadeiro duelo entre mãe e filha, entre valores e ambições, com uma plateia de peso — nada menos que Odete Roitman (Débora Bloch) e Celina (Malu Galli). Raquel expõe a filha sem piedade: relembra como foi traída, enganada, deixada na rua, e como Fátima ajudou a incriminar Ivan (Renato Góes) por dinheiro e conveniência. A tensão é interrompida por uma virada inesperada: Odete não apenas confirma que sabia de tudo, como elogia a frieza e a esperteza de Fátima. Para a empresária bilionária, isso é qualidade. Raquel sai derrotada — socialmente, pelo menos.

          Mas a cena não para por aí. Quando finalmente ficam a sós, Fátima tripudia. E é aí que Raquel surta. Rasga o vestido da filha, agride verbal e fisicamente, e termina jogando a maldição que ecoa como o verdadeiro clímax da cena: “Você vai cair, Maria de Fátima. Vai bater na minha porta. E eu vou ter o prazer de fechá-la na tua cara. Porque um monstro como você não tem mãe”.

          E é bom dizer: essa praga quase ficou de fora. A autora Manuela Dias chegou a cortar esse trecho em versões anteriores do capítulo, mas voltou atrás na decisão. Reescreveu a cena e manteve a maldição. Foi uma escolha acertada — porque, mais do que um grito de dor, ela é a alma dessa novela. É o fio que conecta Raquel à essência do folhetim: a justiça que não vem dos tribunais, mas da vida. Da queda que sempre cobra a conta de quem sobe pisando em todo mundo.

          Raquel pode ter perdido tudo. Mas nessa cena, será ela quem deu o golpe mais certeiro.

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