“Falta coragem”, diz Renata Castro Barbosa sobre ausência de bons programas de humor na TV
Atriz trabalhou durante seis anos no extinto “Zorra” e estreou na vida artística na primeira “Vale Tudo”
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Renata Castro Barbosa vive um momento especial da carreira. Com mais de 40 anos de estrada, está em cartaz no teatro do Rio, dedica-se a um festival de humor e, em breve, começará a gravar a nova temporada do PodAmiga, podcast que faz ao lado de Gabriela Duarte, em que recebem duplas que contam suas divertidas e curiosas histórias.
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No cinema, estreia “O rei da feira”, ao lado de Leandro Hassum.
Na entrevista seguir, ela fala sobre o momento das nossas novelas, a ausência de bons programas de humor (as TVs abertas não estão podendo ou querendo “brincar” disso) e os projetos da sua carreira. Ela, que estreou na TV em “Vale Tudo”, atualmente, pode ser vista na reprise de “Tieta”.
O Brasil teve uma Era de Ouro das novelas e hoje elas são muito criticadas, apesar da grande audiência. Qual sua avaliação sobre o formato?
– Fazemos novela como ninguém. Isso é fato! Acho que a entrada da internet e das infinitas possibilidades do que se assistir, pode até estar fazendo com que as pessoas esperem uma outra forma de contar uma história. E algumas novelas até tem mudado um pouco, mas, no final, todo mundo gosta é do bom novelão de sempre. Você pode até não gostar de uma coisa ou outra, mas acredito que elas sempre terão seu público. Acho que a verdade é que brasileiro adora criticar sua cultura e sempre tiveram as pessoas que criticavam as novelas. Talvez a gente só não tivesse tanto acesso a essas informações. Novela é uma coisa tão brasileira, que acredito que ainda teremos novelas maravilhosas por um bom tempo! Até porque temos autores da velha guarda e da nova, que contam suas histórias magistralmente.
Você é uma profissional do vídeo e do teatro. Acha fundamental um ator pisar nos palcos, ter esse contato mais próximo com o público?
– Não sei se é fundamental. Temos atores que fazem só TV e cinema, e são maravilhosos. Mas, pra mim, o teatro é uma escola. Foi onde aprendi tudo que sei sobre interpretar. Onde não tem rede de proteção. É preciso se jogar. Acho que um ator que faz teatro, está pronto para fazer qualquer outra forma de arte. Eu sou uma apaixonada pelo teatro, então sou suspeita pra falar! Por mim teatro deveria ser obrigatório nas escolas. Todo mundo precisa aprender a se comunicar, a escutar o outro, a se conhecer, e o teatro faz isso com maestria.
Nossa TV aberta já teve grandes programas de humor. Com regularidade, hoje, só existe a “Praça”, do SBT. Perdemos o jeito de fazer?
– Com certeza não! Temos comediantes, roteiristas especializados em humor… O que eu acho é que para se ter bons programas de humor na TV aberta é preciso ter vontade de provocar, coragem de deixar tocar nos assuntos mais nevrálgicos e acho que nesse momento as TVs abertas não estão podendo ou querendo “brincar” disso. Talentos para isso nós temos e muitos. É só olhar nos teatros e streamings. Acho uma pena. Um país sem humor só tem a perder.
O que representou pra você as novelas “Vale Tudo” e “Tieta”?
– São o começo da minha carreira na TV. Onde aprendi a maioria das coisas que sei hoje. Onde cresci, evoluí, tive a oportunidade de trabalhar com meus ídolos, onde passei a ser conhecida e reconhecida. Com certeza essas duas novelas são parte fundamental da minha história profissional.
Como estão seus projetos atuais?
– Comecei o ano a todo vapor e espero continuar assim! Estou com a peça “O Bem Amado”, do Dias Gomes, ao lado de Diogo Vilela, no teatro João Caetano, no Rio, até fevereiro. E queremos viajar com ela.
Está incrível! Um trabalho lindo que queremos mostrar para o país todo! Também sou produtora cultural, do festival “Humor contra-ataca”, no Qualistage, no Rio, que está na sua segunda edição. Esse ano teremos apresentações de nomes, como: Rafael Infante, Fabio Porchat, Fabio Rabin, Bruna Louise,
Rodrigo Marques e muitos outros! Foi um sucesso no ano passado e estou animada para esse ano. Tem também o PodAmiga, que é meu podcast e da Gabriela Duarte – minha amiga há mais de 40 anos – onde batemos papo com pessoas conhecidas do público e seus melhores amigos sobre o que pra nós é muito importante: Amizade.
E esse ano ainda estreia o filme que fiz com Leandro Hassum: “O Rei da feira”. E ainda tenho gás para muito mais! (risos).
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