Bolsonarismo se ramifica e Marçal se torna o protagonista das Eleições
Marçal mudou o panorama que se tinha no começo da corrida eleitoral
A maior cidade do país chega no dia D da eleição repleta de incertezas sobre quem disputará o 2º turno da eleição. Os candidatos Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL) disputam entre si e com o inesperado Pablo Marçal (PRTB) as duas vagas do 2º turno de São Paulo. Sem apoio de Bolsonaro, como acreditava ter no início da candidatura, Pablo foi considerado piada por muitos, mas acabou ganhando força e ramificando a extrema direita ainda mais, com ações que fugiram e muito da política e o garantiram protagonismo no circo de horrores que virou a votação municipal de São Paulo.
Uma eleição que aparentemente estava resolvida entre o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) teve uma mudança radical de rumos com a entrada do influenciador Pablo Marçal (PRTB), que ao longo de 45 dias de campanha teve diversas controvérsias. Com provocações e ataques exagerados, falsos e direcionados para cada um dos seus adversários, ele virou o foco até mesmo de quem não mora e não vota na cidade paulista, acompanhado como um personagem de TV para assistirem até o fim qual seriam as consequências de suas ações.
De xingamento a acusação de crimes, passando também por violência escancarada verbal e física, ele se tornou o centro das atenções e ganhou espaço até mesmo na TV e no rádio, onde não teve espaço eleitoralmente.
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Aos poucos ele virou o protagonista no processo eleitoral, ganhando força com votos “envergonhados” (de quem não quer revelar que votou nesse ou naquele candidato por pura vergonha) e um discurso que se iniciou na extrema direita mas desmembrou votos bolsonaristas. Isso porque Nunes, por exemplo, conta com o apoio de Jair Bolsonaro (PL).
Já Boulos conta com o apoio e apadrinhamento respectivamente do presidente Lula (PT). Nunes contou ainda com o apoio do atual governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (republicanos), mas todos esses fatores e maior tempo de TV não lhe asseguram a vaga no 2º turno. Marçal, que não contava com estrutura partidária e nem tempo de TV, surpreendeu a todos e rivaliza com o atual prefeito a vaga no 2º turno que seria da direita, na teoria. Como se não bastassem as ramificações, mais uma surgiu na reta final: Pablo ganhou o apoio do deputado Nikolas Ferreira (PL/MG) na reta final da campanha. Agora, basta ver o resultado das urnas, em algumas horas, para sabermos se esse protagonismo se igualou a vitória ou apenas a uma mera distração.
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