Rainha da Disco Music, Gloria Gaynor revela como colaborou em sua cinebiografia
Filme chega ao canal Lifetime neste sábado (27/6), às 22h
Aos 81 anos, Gloria Gaynor permanece na ativa e segue fazendo shows ao redor do mundo. Rainha da Disco Music, ícone LGBTQIA+ e dona do hit “I Will Survive”, a cantora vai ganhar uma cinebiografia para chamar de sua neste sábado (28/6), às 22h no canal Lifetime. Em entrevista coletiva, a qual o Portal LeoDias participou, a artista abriu o coração para os fãs brasileiros e contou como participou da produção do longa.
O título passa por vários momentos da vida de Gaynor. Desde sua infância, até o começo na música, o primeiro hit e os altos e baixos. Todo o roteiro foi revisado por Gloria, que diz que nada importante foi deixado de fora.
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“O maior desafio do filme biográfico foi decidir quais partes da minha vida eu queria compartilhar, porque não dá para contar toda a vida de uma pessoa em uma hora e meia. Então, tive que escolher o que me parecia mais importante para que as pessoas conhecessem. E, claro, minha fé era o mais importante, porque é o que me ajudou a seguir em frente. Foi assim que sobrevivi”, disse.
Além de sua relação com a fé, Gloria destacou que o filme também foi respeitoso com seus demônios e episódios que preferia esquecer, como o uso de drogas.
“Estou muito feliz com o resultado. O momento que eu realmente queria garantir que aparecesse no filme era quando o Espírito Santo falava comigo e eu estava prestes a me envolver com cocaína. Eles retrataram isso muito bem. Acho que fui bastante transparente no filme. Mas não acho que tenha deixado de fora nada que alguém quisesse ou precisasse saber”, afirmou.
Para Gaynor, a mensagem final do filme é similar ao de seu grande hit: sobreviver.
“Vocês vão conhecer um pouco mais sobre mim, sobre a minha vida pessoal e as lutas que tive com meu casamento e com a minha carreira. E espero que aprendam que é possível seguir em frente. Se você tem algum sintoma, algum problema parecido com o meu ou até problemas diferentes, saiba que você pode superar, pode sobreviver”, ressaltou.
Sobre seu maior hit, que ela afirma ser sua canção favorita, a cantora relembra seu significado principal e que quer transmitir isso com a cinebiografia.
“A música celebra a tenacidade do espírito humano para que, quando as pessoas a ouvirem, se sintam animadas, encorajadas e fortalecidas. E esse foi o meu propósito ao gravá-la”, disse.
A cinebiografia
Original Lifetime, “Gloria Gaynor: I Will Survive” é estrelado pela vencedora do Tony Joaquina Kalukango, que ainda não tinha conhecido a Rainha da Disco Music. Gloria disse que sabia que a escalação estava perfeita após uma simples conversa com Joaquina.
“Os produtores me apresentaram à Joaquina Kalukango e nos conhecemos em uma reunião por Zoom. Conversamos, e imediatamente eu a adorei e senti que ela era absolutamente a escolha certa como atriz para interpretar meu papel no filme biográfico. Ela é uma pessoa encantadora, uma atriz maravilhosa e até uma grande cantora. Então, era perfeita para o papel”, afirmou.
Além de ter dado o aval para a protagonista, Gaynor participou de toda a etapa de produção. E garantiu que não será chapa branca. Ela destacou a liberdade no set e que o foco será nela, e não em pessoas que passaram pela sua vida.
“Me senti livre para dizer o que quisesse, desde que fosse sobre mim. Queria contar a minha história. Não queria contar a história do meu ex-marido. Não queria contar a história de mais ninguém, a não ser quando estivesse entrelaçada com a minha”, disse.
Outro aspecto interessante da cinebiografia de Gloria Gaynor é que ela vem às telas com a artista retratada ainda em vida. E participando. Assim como os casos de Elton John e Ney Matogrosso, por exemplo. Para ela, isso foi um presente.
“É algo catártico! Ajuda a purgar e se livrar de sentimentos negativos que você possa ter em relação a certas coisas que aconteceram na sua vida. É edificante, encorajador e fortalecedor, e você sente que estava compartilhando coisas com as pessoas que poderiam ajudá-las a superar momentos difíceis. Então, foi um tipo de empoderamento para mim. Foi isso que mais senti. Teve algumas coisas que foram feitas de uma forma que eu não teria feito, mas nada importante, certamente nada significativo”, abriu o coração.
Para os brasileiros que gostam de sua história, carreira ou, ao menos, de disco music, Gaynor deixou um recado:
“Aos fãs do Brasil, eu amo vocês. Me sinto tão honrada porque, quando venho ao Brasil, sou recebida com tanto carinho, e há tanto amor toda vez que estou aí. Quando me apresento no Rio, no Rock in Rio… Enfim, todas as vezes que vou, sou recebida tão calorosamente que estou sempre animada e disposta a voltar”, afirmou.
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