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5 anos da tragédia do Ninho Urubu: há como definir preço por uma vida?

Questionamentos sobre o “lado humano” e o “lado empresarial” dominaram o debate sobre o assunto

Em 8 de fevereiro deste ano, completou cinco anos do trágico incêndio que vitimou 10 jovens promessas das categorias de base do Flamengo. O momento mudou a história do futebol brasileiro e do rubro-negro, gerou diversas polêmicas, sem ninguém responsabilizado até o momento e o portal LeoDias traz uma reflexão sobre esse caso: Quanto vale uma vida?

Recentemente, a Justiça do Rio de Janeiro definiu, em primeira instância, o valor de R$ 2,9 milhões aos pais do goleiro Christian Esmério, além de R$ 240 mil ao irmão e uma pensão de R$ 7 mil mensais. A família do jogador é a única entre as 10 vítimas que não tem um acordo final e espera se o clube vai recorrer ou não da decisão.

Quanto vale a vida das vítimas da “tragédia do Ninho”?

A decisão da 33ª Vara Cível do Rio de Janeiro é bem menor que o pedido de R$ 5,2 milhões de danos morais para os pais e R$ 240 mil para o irmão, além de R$ 3,9 milhões de pensão, à vista ou parcelado por mês, porém, maior que o proposto pela Câmara de Conciliação, espécie de grupo formado pelo clube para lidar com as vítimas e chegar um acordo, do qual se propunha uma indenização de R$ 2 milhões e pensão mínima de R$ 10 mil para cada família por cerca de 30 anos.

A realidade é que os milhões que venham a cair na conta de Cristiano e Adriana Esmério, não trará aos pais a possibilidade de ver Christian realizar o seu sonho de defender a meta flamenguista, como grandes goleiros oriundos do “Ninho”, como Júlio César e Cantarelli.

Milhões também caíram nas contas dos familiares de Athila Paixão, Arthur Vinícius de Barros Silva Freitas, Bernardo Pisetta, Gedson Santos, Jorge Eduardo Santos, Pablo Henrique da Silva Matos, Rykelmo de Souza Vianna, Samuel Thomas Rosa e Vitor Isaías mas, infelizmente, nenhum desses garotos poderão ter a chance de ser como Zico, Adriano Imperador, Vinícius Júnior, dentre outros craques que “nasceram” nas categorias de base do rubro-negro.

O valor de Christian, na verdade, é definido por seu pai: “A vida de um filho não tem preço. A gente ainda é julgado por alguns fanáticos que enxergam como se fosse por dinheiro. Se fosse, já teria pego. A questão é a forma como fui tratado, como a família foi tratada. Tentaram de todas as formas enfraquecer as famílias. E ainda fazem as pessoas de fora enxergarem a gente como mercenários”, disse Cristiano.

As outras nove famílias chegaram a um acordo com o clube, do qual os valores seguem em sigilo. Recentemente, no processo que envolve Christian, o clube declarou em nota que tem “tem o maior respeito e carinho pelas famílias”.

Em juízo, o rubro-negro se exime de culpa no incêndio, contestou os valores de indenização durante os processos por considerar exorbitantes e sugeriu pagamentos bem menores. Até o momento, ninguém foi responsabilizado criminalmente.

Os sobreviventes. Como seguiram?

Assim como Christian sonhava, Dyego, goleiro com 20 anos atualmente, também sonha com sua oportunidade no profissional do Flamengo. Ele é um dos três sobreviventes que permaneceu no clube, assim como Rayan Lucas, “primeiro dos garotos” a chegar no profissional do rubro-negro este ano, em partida contra o Sampaio Correa. Já Jhonata Ventura se tornou funcionário.

Outros cinco sobreviventes foram dispensados do clube carioca menos de um ano depois do incêndio. Com o passar do tempo, mais cinco seguiram o mesmo caminho.

Atualmente, muitos seguem seus sonhos longe do Ninho do Urubu, alguns em clubes pequenos, outros em clubes maiores, alguns desempregados, teve também aqueles que nunca conseguiram cicatrizar as feridas daquela tragédia, desistiram da carreira no futebol e buscaram emprego, mas todos seguem com a marca da tragédia cravada no coração para sempre.
 

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