Flamengo é condenado a pagar R$ 2,9 milhões e pensão para família de vítima do Ninho
A decisão da Justiça é em primeira instância e cabe recurso
Completando cinco anos do trágico incêndio que vitimou 10 garotos que jogavam na base do Flamengo neste mês de fevereiro, a Justiça do Rio de Janeiro condenou o rubro-negro a pagar uma quantia milionária à família do goleiro Christian Esmério, além de uma pensão mensal, que já vinha sendo paga voluntariamente pelo clube.
A família de Christian era a única que ainda não tinha feito um acordo com o time e esperava o trânsito em julgado do caso. A determinação saiu na quinta-feira (15/2), em primeira instância, sendo assinada pelo juiz André Aiex Baptista Martins, da 33ª Vara Cível do Rio de Janeiro. O Flamengo pode recorrer da decisão.
Sentença milionária
Nas 12 páginas da sentença, divulgada inicialmente pelo Jornal O Globo, a Justiça decidiu parcialmente procedente o pedido da família de Christian, e assim o clube terá de pagar R$ 2,82 milhões de danos morais para os pais do ex-jogador (valor a ser dividido igualmente entre eles) e R$ 120 mil ao irmão, além da pensão mensal que o clube já pagava, no valor de R$ 7 mil, devendo ser pago até 2048 ou até o falecimento dos familiares.
O valor da decisão é cerca da metade do pedido inicial feito pela família, que inicialmente queria R$ 5,2 milhões de danos morais para os pais e R$ 240 mil para o irmão, além de R$ 3,9 milhões de pensão, à vista ou parcelado por mês.
Apesar de não alcançar o pedido inicial, o valor é maior que o proposto pela Câmara de Conciliação, espécie de grupo formado pelo clube para lidar com as vítimas e chegar um acordo, do qual se propunha uma indenização de R$ 2 milhões e pensão mínima de R$ 10 mil para cada família por cerca de 30 anos.
“A vida de um filho não tem preço. A gente ainda é julgado por alguns fanáticos que enxergam como se fosse por dinheiro. Se fosse, já teria pego. A questão é a forma como fui tratado, como a família foi tratada. Tentaram de todas as formas enfraquecer as famílias. E ainda fazem as pessoas de fora enxergarem a gente como mercenários”, lamentou o pai do jovem, Cristiano Esmério.
Acordos com famílias
O Flamengo não costuma se pronunciar sobre o caso na imprensa, além de manter em absoluto sigilo o valor dos acordos firmados com as outras nove famílias de vítimas. Em relação a decisão de Christian, como o clube não declarou se deve recorrer, ainda é um mistério se esse trágico episódio na história do rubro-negro e do futebol brasileiro vai finalmente chegar a um final.
O portal LeoDias entrou em contato com o clube e não obteve resposta até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto para futuras manifestações.
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