Abel anuncia reforço no Palmeiras, cutuca Federação Paulista e distribui indiretas
O treinador “furou” o próprio time, anunciando a contratação do meia Rômulo, do Novorizontino
O português Abel Ferreira mostrou que continua afiado nas coletivas de imprensa. O treinador do Palmeiras distribuiu recados, aproveitou para cutucar a Federação Paulista de Futebol (FPF) e usou várias figuras de linguagem para exemplificar o momento atual do Porco na temporada 2024, chegando a comparar a contratação de Aníbal Moreno com uma “carteira de luxo” como em uma ida ao shopping com a esposa.
O argentino Aníbal Moreno é o principal reforço do time da “Tia Leila” até este momento, mas para Abel Ferreira, faltam mais reforços e foi assim que entrou a esposa do treinador na comparação.
O treinador ainda aproveitou para “furar” o próprio Palmeiras, anunciando a contratação do meia Rômulo, ex-Novorizontino, após a vitória sobre o Ituano, pelo Campeonato Paulista.
Carteirinha barata ou carteira de luxo?
O português, que frequentemente pede reforços para o elenco palmeirense, questionou que, às vezes, é necessário comprar itens “caros” para conseguir o que se deseja — o argentino custou cerca de R$ 34 milhões aos cofres do Palmeiras e tornou-se, quando acionado, um dos destaques da equipe -.
“Às vezes, quero ir ao shopping e comprar uma carteirinha barata para minha mulher, mas ela fala: “/Não quero essa, quero aquela ali vermelha, azul…”/. E diz: “/Ah, você pode pagar, vai lá comprar porque quero aquela”/. A qualidade paga-se, não há outra forma. O Aníbal foi um reforço que, infelizmente, o clube não conseguiu trazer mais cedo com a saída do Danilo. Chegou quando tinha que chegar e estou muito grato, ao lado da torcida, pelo esforço que a diretoria fez”, declarou Abel.
O treinador ainda cobrou publicamente que o clube “se arrisque” mais nas contratações, relembrando a venda recente de Arthur, do qual pontuou mostrar o potencial que tem “no Palmeiras para comprar jogadores por 8 milhões e vendê-los por 18 milhões”, disse na coletiva:
“Não tem que ter medo, tem que arriscar. Há jogadores que arriscamos como aposta e há outros jogadores que temos que arriscar para trazer qualidade e competitividade ao elenco, e o Aníbal nos traz isso”.
Gramado é a “pista”
Em outra comparação, o jogador relembrou a polêmica do gramado do Allianz Parque, que vem sendo um problema para o clube. O português declarou que os gramados são as “pistas” de corrida e seu time como um carro:
“Queremos as melhores condições possíveis para os jogadores do Palmeiras porque nos exigem títulos, qualidade de jogo, intensidade… para que isso aconteça, é preciso bons jogadores e uma boa pista: que não tenha buracos e que seja rápida para usarmos os pneus “/slicks”/ e tirar os melhores tempos do nosso carro. É isso que queremos e é isso que peço. Sou treinador, não sou cuidador de grama. Posso dizer que, onde eu jogar, meu adversário também vai jogar”, disse, aproveitando para dar uma cutucada na Federação Paulista de Futebol (FPF).
“Acho que há jogos a mais, mas é uma competição bem organizada. Estou no terceiro ou quarto ano que disputo o Paulistão e também tenho um objetivo individual: a ver se, algum dia, consigo ser o melhor treinador nesta competição, porque nunca fui. Cada ano que passa, a organização está melhor”, completou.
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