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Acusado de assédio, técnico do time feminino do Santos pede demissão após protestos

Kleiton Lima é acusado de assédio sexual e foi alvo de diversos protestos de jogadoras

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A volta do treinador Kleiton Lima ao comando do time feminino do Santos não chegou a dez dias. Acusado de assédio moral e sexual em 19 cartas de denúncia escrita por jogadoras, o agora ex-técnico das “Sereias da Vila” pediu para sair após diversos protestos de atletas em partidas e manifestações nas redes sociais.

Kleiton havia deixado o Peixe em setembro do ano passado, após as primeiras denúncias e, depois de uma sindicância feita internamente, os diretores e conselheiros do Santos consideraram as acusações “frágeis” e no última dia 9, o treinador teve confirmada a sua volta – indignando as jogadoras.

Pedido de saída

Kleiton alega ser inocente das acusações e, em nota oficial, o Santos relata que o pedido de saída foi uma atitude do próprio treinador para “preservar sua família, integridade e o próprio Peixe”.

O Santos alegou que desde a contratação do técnico, ele vem sofrendo ofensas e ameaças de morte. A atitude de Kleiton que, segundo a nota do clube, tem a certeza de ser inocente, foi motivada apenas preservação de ambas as partes.

Nota oficial do técnico Kleiton Lima:

“Eu falo porque tenho passado por dias difíceis. Tem pessoas que estão me ameaçando. Algumas pessoas me ameaçando até de morte. Passei momentos e situações que vi o risco que estava correndo por conta de alguma coisa que foi imputada que eu não tenho nenhum fato a ver com todas as narrativas. Quero deixar bem claro que quem buscou a polícia desde o começo fui eu para que a verdade pudesse vir à tona. Eu que fui à Justiça e a verdade está comigo. Não cometi nenhum tipo de assédio, mas hoje estou correndo risco de vida. Além disso, minha família. Então, simplesmente por isso, pela minha segurança, pela minha família e pelo clube, eu solicitei o pedido de afastamento e a diretoria aceitou. Sorte para as Sereias. Que sigam empreitada, nessa luta pelo Campeonato Brasileiro, pela Libertadores, pelo Campeonato Paulista. Eu estarei de fora torcendo”.

Protestos e mais protestos

Depois da volta de Kleiton, atletas foram às redes sociais e protestaram principalmente contra a  coordenadora do futebol feminino do Santos, Thaís Picarte, que alegou ter ouvido as jogadoras durante o processo de sindicância.

O GE, logo que o treinador voltou, divulgou uma nova denúncia de assédio e, em partidas do Campeonato Brasileiro Feminino, jogadoras do Corinthians – adversário do Santos – e de outros times, como Palmeiras e Avaí, protestaram durante o hino nacional, com o gesto de mão no ouvido e na boca.

Segundo o UOL, quem bancou a volta de Kleiton foi o presidente do Santos, Marcelo Teixeira, por entender que não foram encontrados fatos. O vestiário do clube se dividiu após o caso, com jogadoras que apoiaram a permanência do técnico e outras contra – o tema nebuloso não é comentado internamente. 
 

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