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Busca pela Justiça comum no futebol brasileiro já gerou muita polêmica. Relembre!

Vários clubes do Brasil já impetraram com ações na justiça, gerando várias brigas nos bastidores

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O Botafogo está indignado com a arbitragem brasileira e deve ir aos tribunais. Mas a busca pela Justiça comum não é algo tão fora da curva no futebol brasileiro. Aliás, em um passado não muito distante, o Brasileirão viveu mudanças constantes de regulamento por conta de disputas judiciais extra-campo, rolando até CPI no Senado e na Câmara dos Deputados. O portal LeoDias te relembra alguns desses casos agora. 

Um dos mais famosos é a briga judicial entre Flamengo e Sport valendo a taça do Brasileirão de 1987, onde o STF declarou em decisão final o time pernambucano como único campeão, mas a CBF reconheceu também o rubro-negro carioca como detentor do título.

Em 1989, o Coritiba foi o primeiro grande algoz da CBF, quando impetrou uma ação na Justiça comum para não enfrentar o Santos pelo Brasileirão, alegando uma mudança de data irregular. Após perder por W.O (sigla para quando o time não comparece), o clube paranaense foi rebaixado à terceira divisão e entrou em uma crise que só acabaria em 1996, quando finalmente voltou à primeira divisão.

Caso Sandro Hiroshi

Um dos poucos “vencedores” nas brigas dos tribunais, é o Gama, do Distrito Federal, que disputou a primeira divisão entre os anos de 1999 e 2002. O clube buscou à Justiça comum por meio de intermediários, na época o Sindicato de Atletas Profissionais de Brasília, alegando ter sido prejudicado por um repasse de pontos do São Paulo ao próprio Botafogo.

Na época, o jogador Sandro Hiroshi foi pego com o passe irregular em partida contra o alvinegro carioca, o que faria o São Paulo perder cinco pontos, sem ganhos para o Botafogo, conforme o Código Brasileiro Disciplinar de Futebol (CBDF). Porém foi considerado um regulamento interno, os cariocas se beneficiaram e o Gama foi rebaixado, mas reverteu a situação na Justiça comum após quase um ano de brigas, boicotes e até punições da FIFA.

Ao longo da briga, o alviverde candango chegou a ser excluído da Copa Centro-Oeste como boicote, mas conseguiu se manter na Copa do Brasil após a CBF cogitar mudar o nome da competição para “Torneio dos 500 anos do Brasil”, pois a briga ocorreu em 2000.

A decisão final aconteceu após a CBF tentar uma última cartada ao transferir a organização do Campeonato Brasileiro para o Clube dos 13, na época grupo que reunia os principais clubes do Brasil, para impedir o Gama de disputar o torneio, mas uma última liminar conseguida na Justiça garantiu o time e a CBF teve a sua maior derrota.

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