Dirigente soca árbitro na Turquia, é preso e todos os jogos da liga são suspensos
Presidente de clube turco invadiu o gramado e agrediu o juiz
A situação no futebol turco extrapolou os limites nesta segunda-feira (11/12), quando Faruk Koca, presidente do Ankaragücü, invadiu o gramado e desferiu socos e chites no árbitro Umut Meler. O acontecido levou a Federação Turca a suspender todos os jogos do campeonato local, além da Justiça agir e prender o dirigente, junto a outros dois suspeitos. Assista aqui!
Faruk Koca ficou indignado com o gol de empate do Rizespor, já aos 51 minutos, invadindo o gramado de jogo ao se irritar com um possível pênalti não marcado para o Ankaragücü, sua equipe. Foi então que ele partiu para cima de Umut e desferiu a agressão, sendo separado em seguida.
De acordo com o árbitro agredido, o dirigente e outros dois detidos o ameaçaram de morte, além de agredi-lo em campo após o empate em 1 a 1 contra o Rizespor. O juiz está internado em um hospital na Turquia e recebeu a visita do ministro do Interior da do país, Ali Yerlikaya, nesta terça-feira (12/12).
Aposentadoria e solidariedade
O árbitro turco também conversou com o presidente do país, Tayyip Erdogan, que lhe deu palavras de apoio. Porém o episódio teria abalado tanto Meler que sua decisão seria se aposentar do futebol por conta da agressão sofrida, conforme repassado pela imprensa turca.
O presidente da FIFA, Gianni Infantino, fez questão de fazer uma declaração criticando a perseguição sofrida pela arbitragem no futebol: “Sem oficiais de partidas, não há futebol. Árbitros, jogadores, torcedores e comissão técnica precisam estar em segurança para aproveitarem o jogo, e peço às autoridades relevantes assegurar que isso seja estritamente implementado e respeitado em todos os níveis”.
Campeonato paralisado
A Federação Turca de Futebol (TFF) suspendeu por tempo indeterminado a disputa da principal divisão do país. O órgão que representa os árbitros também se pronunciou, declarando a “greve” em meio a condições que eles consideram impróprias: “Não participaremos mais de nenhum jogo, a menos que sejam tomadas decisões radicais. Se necessário, deixaremos que estrangeiros arbitrem”, alertou o órgão que representa os árbitros do país.
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