Dupla Fla-Flu articula dossiê para proibir gramado sintético nos estádios
Gestores do Maracanã, clubes encabeçam reclamações contra o gramado artificial
O Brasileirão caminha para o final, mas uma polêmica que parece não ter fim são os gramados sintéticos, usados por alguns clubes e questionado por outros. Um dos principais nomes na luta contra a grama artificial é o Flamengo que, segundo informações dos jornalistas Gabriel Reis e Renan Moura, estaria se aliando ao arquirrival Fluminense para elaborar uma proposta de banimento.
Grandes rivais históricos, não é a primeira vez que rubro-negros e tricolores se alinham nos bastidores, aliás, eles são aliados na gestão do Maracanã desde 2019. Atuando no gramado natural do “Maior do Mundo”, os cariocas acham que são prejudicados com os estádios de gramado artificial.
Dossiê contra o gramado sintético
Segundo Gabriel Reis e Renan Moura, os arquirrivais cariocas encabeçam o grupo contra o gramado sintético nos estádios do Brasil e já estariam até com um dossiê elaborado, onde consta os pontos negativos do gramado sintético como, por exemplo, o fato de várias ligas europeias terem abolido de seus estádios.
Atualmente, os principais clubes com gramado sintético em seus estádios são Palmeiras, Botafogo e Athletico-PR, além do Atlético-MG que pretende implantá-lo em poucos meses. Para conseguir a proibição, os clubes deverão ter maioria dos clubes e a CBF tem de aprovar. A expectativa seria conseguir a aprovação para que a grama artificial fosse proibida a partir de 2025 ou 2026.
Gramado sintético é ruim?
Uma situação parecida aconteceu recentemente na Holanda, uma das sete ligas de grande porte na Europa e que baniu o gramado sintético da Eredivisie, principal liga do país, a partir de 2025. Nas outras seis competições nacionais de destaque na Europa (Espanha, Inglaterra, Itália, Alemanha, França e Portugal), não há estádios com gramados totalmente sintéticos. Já fora das sete principais ligas europeias, o gramado sintético é bastante utilizado em países cujo inverno costuma ser rígido, como na Rússia ou na Ucrânia.
Um dos grandes questionamentos sobre o gramado sintético é um possível aumento de lesões, principalmente pela ambientação que um jogador precisa ter entre a grama natural e a artificial. Não há um consenso e nem estatísticas que provem o argumento, mas técnicos de clubes questionam frequentemente a dificuldade de se acostumar ao sintético dos seus jogadores.
O Flamengo, recentemente, divulgou uma imagem impressionante, onde o gramado sintético que treina jogadores das categorias de base do clube, chegou aos 70ºC. Segundo a especialista Maristela Kuhn, da CNN, os gramados artificiais podem esquentar até 30ºC a mais que o gramado natural, atingindo marcas de quase 100ºC, gerando um calor extremo nos pés dos jogadores, mesmo com chuteiras, que acaba inviabilizando a prática do futebol.
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