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Erika Hilton quer banir presidente da Conmebol do Brasil após declaração racista

Deputada apontou fala de Alejandro Domínguez como racista e cobrou postura mais firme contra discriminação

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          A deputada federal Erika Hilton (Psol-SP) protocolou, nesta terça-feira  (18/3), uma representação para declarar Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol, como persona non grata no Brasil. O termo significa pessoa “indesejada”, “não bem-vinda” ou “não agradável”. A medida foi formalizada por meio de ofício enviado ao Ministério das Relações Exteriores.

          O pedido surge após a repercussão de uma declaração de Domínguez sobre a ausência de clubes brasileiros na Libertadores. O dirigente comparou a situação a “Tarzan sem a Chita”, referência à personagem dos filmes do herói. A frase causou indignação entre dirigentes e clubes brasileiros.

          Veja as fotos

          Reprodução Instagram
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          Alejandro Domínguez, presidente da CONMEBOLReprodução
          Erika Hilton (Reprodução)
          Erika HiltonErika Hilton (Reprodução)

          No documento, Erika Hilton afirma que a fala de Domínguez é “absolutamente racista”, citando o artigo 5º da Constituição Federal, e aponta omissão da Conmebol no combate ao racismo no futebol sul-americano. “Os episódios de racismo envolvendo clubes sul-americanos evidenciam a persistência da discriminação no futebol e a omissão da Conmebol na adoção de medidas efetivas para coibir tais práticas”, escreveu.

          A deputada também criticou a postura do dirigente após o episódio. “A fala de Alejandro Domínguez, ao utilizar uma analogia carregada de estereótipos, reforça a falta de compromisso da entidade com o combate ao racismo. Além disso, sua retratação, embora formalmente adequada, não veio acompanhada de ações concretas para prevenir e punir novas ocorrências”, pontuou.

          O objetivo da medida, segundo Erika, é ampliar a pressão internacional sobre a Conmebol e seus dirigentes. “Diante disso, as declarações e omissões de Alejandro Domínguez precisam ser analisadas com rigor, especialmente à luz do movimento crescente de clubes e atletas que exigem mudanças estruturais no enfrentamento à discriminação racial no futebol sul-americano”, finalizou a deputada no ofício.

          A frase do presidente da Conmebol foi dita durante evento do sorteio da Copa Sul-Americana, e gerou desconfiança inicial entre dirigentes brasileiros, que chegaram a questionar a veracidade do vídeo que circulou em aplicativos de mensagens. A Conmebol confirmou posteriormente que Domínguez realmente fez tal declaração.

          Após a repercussão negativa, Domínguez se desculpou publicamente. “Em relação a minhas recentes declarações, quero expressar minhas desculpas. A expressão que utilizei é uma frase popular e jamais tive a intenção de menosprezar nem desqualificar ninguém”, afirmou.

          O dirigente também reiterou o compromisso da entidade no combate à discriminação. “Sempre promovi respeito e a inclusão no futebol e na sociedade, valores fundamentais para a Conmebol. Reafirmo meu compromisso de seguir trabalhando por um futebol mais justo, unido e livre de discriminação”, concluiu Domínguez.

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